Um dos argumentos utilizados em favor da não necessidade de se
guardar o Sábado, é que Jesus, Ele próprio, enquanto andou nesta terra,
não guardou o Sábado!
Mas, sabem que os dirigentes religiosos do
tempo de Jesus, especialmente os fariseus (e os seus escribas),
criticaram e acusaram Jesus por Ele, supostamente, não guardar o Sábado?
Vejamos:
"E estavam observando a Jesus para ver se o curaria em dia de Sábado, a fim de O acusarem." (Marcos 3:2);
"Aconteceu que, num Sábado, passando Jesus pelas searas, os Seus
discípulos colhiam e comiam espigas, debulhando-as com as mãos. E alguns
dos fariseus lhes disseram: Por que fazeis o que não é lícito aos
Sábados?" (Lucas 6:1-2);
"O chefe da sinagoga, indignado de ver
que Jesus curava no Sábado, disse à multidão: Seis dias há em que se
deve trabalhar; vinde, pois, nesses dias para serdes curados e não no
Sábado." (Lucas 13:14);
"Aconteceu que, ao entrar Ele num Sábado
na casa de um dos principais fariseus para comer pão, eis que O estavam
observando. Então, Jesus, dirigindo-se aos intérpretes da Lei e aos
fariseus, perguntou-lhes: É ou não é lícito curar no Sábado?" (Lucas
14:1, 3);
"Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o
leito, pôs-se a andar. E aquele dia era Sábado. Por isso, disseram os
judeus ao que fora curado: Hoje é Sábado, e não te é lícito carregar o
leito. E os judeus perseguiam Jesus, porque fazia estas coisas no
Sábado." (João 5:9-10, 16);
"Por isso, pois, os judeus ainda mais
procuravam matá-Lo, porque não somente violava o Sábado, mas também
dizia que Deus era Seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus." (João
5:18);
"Por isso, alguns dos fariseus diziam: Esse homem não é de Deus, porque não guarda o Sábado." (João 9:16).
A pergunta que vos deixo para reflexão é esta: a qual partido é que
pertenceis: ao de Jesus, ou ao dos fariseus? Se dizeis que Jesus não
guardou o Sábado, então estais a tomar o partido dos fariseus, pois eles
disseram PRECISAMENTE ISSO!
Peguemos no texto de João 5:18,
acima mencionado! Por que razão, segundo esse texto bíblico, "os judeus
ainda mais procuravam matá-Lo"? Porque, segundo eles (os judeus), Jesus:
1º) "violava o Sábado" e 2º) "dizia que Deus era Seu próprio Pai,
fazendo-se igual a Deus".
No texto de João 10:33, lemos o
seguinte: "Responderam-lhe os judeus: Não é por obra boa que Te
apedrejamos, e sim por causa da blasfémia, pois, sendo Tu homem, te
fazes Deus a ti mesmo." Esta era, indiscutivelmente, UMA DAS RAZÕES
pelas quais "os judeus ainda mais procuravam matá-Lo" - pela suposta
BLASFÉMIA de se fazer a Ele mesmo "igual a Deus" ou, dito por outras
palavras, porque "sendo Tu homem, te fazes Deus a ti mesmo"!
Mas -
pergunta CRUCIAL - era mesmo Jesus "igual a Deus", sim ou não? Há quem,
hoje, como no passado, negue a divindade de Jesus! Mas, uma vez mais,
quem nega a divindade de Jesus, está do lado de Jesus ou está do lado
dos fariseus que procuravam matar a Jesus, precisamente porque Ele se
fazia "igual a Deus"?
A Bíblia também nos revela que, por duas
vezes, João, o Revelador, se prostrou diante de um anjo para o adorar
(ver: Apocalipse 19:10 e 22:8). E, em ambos os momentos, o anjo declarou
perentoriamente a João: "Vê, não faças isso. (...) Adora a Deus."
(Apocalipse 19:10 e 22:9). Reparem: um anjo, criado por Deus numa
condição SUPERIOR ao ser humano ("Que é o homem mortal para que Te
lembres dele? E o filho do homem para que o visites? Pois pouco MENOR o
fizeste DO QUE OS ANJOS, e de glória e honra o coroaste" - Salmo 8:4-5;
ACF), e, apesar disso, a RECUSAR ser adorado por um ser humano, pois se
considerava "conservo" de João! E disse: "Adora a Deus"! Ora, segundo
este anjo perante quem o apóstolo João se prostrou para adorar, QUEM,
UNICAMENTE, pode e deve ser adorado? Resposta: DEUS!
Mas houve pessoas que, manifestamente, adoraram a Jesus:
"E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-O, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me." (Mateus 8:2);
"Enquanto estas coisas lhes dizia, eis que um chefe, aproximando-se, O
adorou e disse: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe a mão
sobre ela, e viverá." (Mateus 9:18);
"E os que estavam no barco O adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!" (Mateus 14:33);
"Ela, porém, veio e O adorou, dizendo: Senhor, socorre-me!" (Mateus 15:25);
"E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: Salve! E elas,
aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e O adoraram." (Mateus 28:9);
"E, quando O viram, O adoraram; mas alguns duvidaram." (Mateus 28:17);
"Quando, de longe, viu Jesus, correu e O adorou," (Marcos 5:6);
"Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e O adorou." (João 9:38).
Pergunto: em algum destes episódios acima descritos, Jesus RECUSOU ser
adorado? Resposta: nem num único caso! E Jesus, tal como o anjo a João,
TAMBÉM disse (a satanás): "Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás,
porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás
culto." (Mateus 4:10; Lucas 4:8)
CONCLUSÃO ÓBVIA: Jesus permitiu
ser adorado PORQUE É DEUS, caso contrário, estaria, efetivamente, a
consentir numa blasfémia, como os judeus O acusaram!
Para
terminar: se a acusação feita pelos fariseus contra Jesus, de que Ele
era merecedor da pena de morte PORQUE O consideravam como um mero
"homem" era obviamente FALSA, que dizer do OUTRO MOTIVO pelo qual O
queriam condenar à morte, a saber, porque Ele "violava o Sábado"?
Para
qualquer pessoa com o mínimo de bom senso, a resposta é mais do que
óbvia, ou não?
De que lado você está?
Do lado dos fariseus que
acusaram Jesus de não ser Deus e de violar o Sábado, ou do lado do
próprio Senhor Jesus, que afirmou: "de sorte que o Filho do Homem é
Senhor também do Sábado." (Marcos 2:28).
Não consultei na
Internet, pois eu próprio tenho um exemplar (em língua francesa e em
língua portuguesa) do "Catecismo da Igreja Católica". A versão
portuguesa (de Portugal) que possuo, é a 2ª edição, publicada em 1999
pela Gráfica de Coimbra. À página 535, o artigo 2173, diz o seguinte:
"O Evangelho relata numerosos incidentes em que Jesus é acusado de
violar a lei do sábado. MAS JESUS NUNCA VIOLA A SANTIDADE DESSE DIA. É
com autoridade que Ele dá a sua interpretação autêntica desta lei: «O
sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado» (Mc 2,27).
Cheio de compaixão, Cristo autoriza-Se, em dia de sábado, a fazer o bem
em vez do mal, a salvar uma vida antes que perdê-la. O sábado é o dia do
Senhor das misericórdias e da honra de Deus. «O Filho do Homem é Senhor
do próprio sábado» (Mc 2:28)." (minha ênfase em maiúsculas)
Até
os católico-romanos não desejam, manifestamente, tomar o partido dos
fariseus, ao contrário do que muitos "protestantes" fazem, mas
reconhecem que Jesus É DEUS e sempre GUARDOU O SÁBADO, restaurando o seu
verdadeiro significado! Pena é que não fiquem por aqui...
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