Não existe, quanto a mim, NENHUM homem ou mulher que se tenha
verdadeiramente convertido ao Senhor Jesus e que, após a sua conversão,
não tenha vivido, em maior ou menor grau, alguns DILEMAS (significado de
dilema: http://www.priberam.pt/DLPO/dilema) no seu desejo de viver, DE FACTO, uma nova vida em Cristo! Tais dilemas são uma realidade, eu diria, praticamente INEVITÁVEL!
O MAIOR DESEJO de todo aquele ou aquela que se entregou, DE FACTO, a
JESUS CRISTO é de fazer (ou colocar em prática na sua vida) a Vontade
Soberana do seu Salvador e Senhor! Alguém discorda? Pois bem, e É
EXATAMENTE POR ISTO que os dilemas surgem!
Num post que escrevi
no passado dia 10 e intitulado "EXAMINE-SE A SI MESMO: SOU EU UM/A
FILHO/A DE DEUS?", referi que uma indicação clara de que o Espírito
Santo está a conduzir a sua vida, é que surgirá em si o desejo de
obediência! Obediência a quê? Obviamente, à Lei de Deus! Daí o apóstolo
João ter escrito que "sabemos que O temos conhecido por isto: se
guardamos os Seus mandamentos", pois "aquele que diz: Eu O conheço e não
guarda os Seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade." (1
João 2:3 e 4).
E essa Lei, Jesus a RESUMIU da seguinte forma:
"Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma,
de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu
próximo como a ti mesmo." (Lucas 10:27).
Existem, obviamente,
muitos e variados dilemas com os quais nos podemos confrontar, na nossa
vida diária, mas creio que todos eles podem, de forma geral, resumir-se a
DOIS GRANDES GRUPOS:
1º GRUPO: como poderei eu amar o Senhor de
todo o meu coração, de toda a minha alma, de todas as minhas forças e de
todo o meu entendimento e, AO MESMO TEMPO, amar o meu próximo como a
mim mesmo?
Isto porque surge na mente de muitos a noção (que é
obviamente falsa, mas que não deixa, por isso, de incomodar o espírito),
de que, se quiserem amar a Deus de todo o seu coração, alma, forças e
entendimento, não poderão amar o seu próximo, pois o amor a Deus
levar-vos-à inevitavelmente a uma separação com algumas pessoas!
Amigo/a, se ainda vive este tipo de dilemas, deixe-me ser claro e
frontal consigo: amar o próximo NÃO É o que você, talvez, pensou que
fosse ou talvez ainda pensa que é, nomeadamente satisfazer a vontade de
determinada pessoa, MAS SIM satisfazer a vontade de Deus!
O
apóstolo Paulo, em Romanos 13:8-9, escreveu o seguinte: "quem ama o
próximo tem cumprido a lei. Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não
furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta
palavra se RESUME: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.". Reparou bem?
O verdadeiro "amor ao próximo" NÃO É baseado em qualquer conceito
humano, MAS SIM num conceito divino! Se você, pela Graça e Poder do
Senhor, guarda os seis últimos mandamentos da Lei de Deus (assim como os
primeiros quatro TAMBÉM!), então VOCÊ AMA VERDADEIRAMENTE O SEU PRÓXIMO
COMO A SI MESMO, independentemente do que esse próximo possa pensar de
si. O ponto que quero aqui realçar é este: tenha na sua mente um
conceito MUITO CLARO do que é o AMOR, pelos critérios divinos, e não por
critérios humanos (seus ou de outras pessoas).
2º GRUPO: como
poderei eu amar o meu próximo como a mim mesmo e, AO MESMO TEMPO, amar o
Senhor de todo o meu coração, de toda a minha alma, de todas as minhas
forças e de todo o meu entendimento?
Do outro lado do espectro
pode surgir a tentação de pensar que, se eu quiser ser cortês,
simpático, agradável e atencioso para com o meu próximo, atendendo a
alguns dos seus desejos, então eu entrarei eventualmente em "rota de
colisão" com a minha determinação e desejo de amar o Senhor de todo o
meu coração, de toda a minha alma, de todas as minhas forças e de todo o
meu entendimento! Será que é sempre assim? Felizmente que não é!
A FORMA MAIS EFICAZ de fugir a ambos os dilemas, está, no meu entender,
em permanecermos FIRMES na plataforma da obediência a TODOS os
mandamentos do Senhor! Muitos vivem, quase de forma permanente, este
dilema: será que ao fazer determinada escolha, estou a fazer a Vontade
de Deus?
Como conhecer, especificamente, a Vontade de Deus para a MINHA
vida?
Eu estou plenamente consciente que a proposta que irei indicar,
embora de fácil compreensão intelectual, NÃO É nada fácil de seguir, na
prática! Mas é a ÚNICA FORMA de se livrar definitivamente de dilemas
absolutamente evitáveis! E a proposta é esta:
Coloque este
pensamento na sua mente como uma CERTEZA (ou como uma "âncora" para a
sua alma): a Vontade de Deus para si e para mim, está CLARAMENTE
REVELADA na sua Lei, os 10 Mandamentos! Já estou a imaginar você a
querer dizer-me: e o que é que isso traz de novo para mim?
Pode não
trazer nada de novo, e certamente não trará mesmo, mas também não estou
aqui para lhe trazer novidades morais e/ou espirituais! Apenas para lhe
RELEMBRAR conceitos fundamentais da Palavra de Deus! E um desses
conceitos fundamentais é que a Lei de Deus É e DEVE SER a SUPREMA NORMA
ÉTICA E MORAL de todas as suas decisões! Por outras palavras: a Lei de
Deus é como uma cerca que, longe de limitar a nossa liberdade, pelo
contrário, protege essa mesma liberdade! Já esteve nalgum miradouro
elevado?
Como se sente se esse miradouro não tiver nenhuma cerca e o
abismo estiver mesmo à sua frente?
E como se sente se esse miradouro,
diante de um precipício, tiver uma cerca bem construída?
Não se sente
MUITO MAIS SEGURO neste último caso?
Certamente que sim! Pois bem,
amigo/a, a Lei de Deus é como essa cerca! Proteja-se a si mesmo/a, NUNCA
intentando ultrapassar os limites impostos por essa cerca! Se não o
fizer, está e estará ABSOLUTAMENTE SEGURO/A, não importa quais sejam as
suas "deambulações" dentro do espaço cercado!
Em termos morais e
espirituais, a lição é óbvia: faça TUDO o que quiser na vida, sinta-se
ABSOLUTAMENTE LIVRE de tomar as decisões que quiser, CONTANTO QUE NUNCA
intente ultrapassar os limites da cerca! Ao viver desta forma, poderá
ficar com a PLENA CERTEZA de que está a viver a Vontade de Deus EM TUDO!
E descanse ou tenha paz, e assim os seus dilemas desaparecerão
completamente: "GRANDE PAZ têm os que amam a Tua Lei; para eles não há
tropeço [será que um dilema não é um "tropeço" na nossa mente?]." (Salmo
119:165).
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