quinta-feira, 28 de abril de 2016

FORAM O UNIVERSO E A TERRA CRIADOS AO MESMO TEMPO?

Segundo o relato da Criação, com que a Bíblia se inicia, “no PRINCÍPIO, criou Deus os céus e a terra.” (Génesis 1:1). Mas, pergunta fulcral: que “princípio” foi este? À primeira vista, esta pergunta poderá parecer desnecessária e, por conseguinte, até ridícula! A resposta mais óbvia parece ser uma simples redundância: o princípio é o princípio, ponto final. Certamente que deveria ser por aqui que deveríamos ficar, se a própria Bíblia não nos falasse de outros “princípios”. De facto, esses outros “princípios” parecem não ter nada a ver com este “princípio” mencionado em Génesis 1:1. Senão vejamos:

Disse Jesus: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o PRINCÍPIO e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” (João 8:44).

“Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o PRINCÍPIO. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo.” (1 João 3:8).

Segundo o relato da Criação (em Génesis 2), assim que Deus criou Adão deu-lhe IMEDIATAMENTE uma ordem para não comer do fruto de uma determinada árvore que havia no jardim do Éden: “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E o Senhor Deus lhe deu esta ordem (1):

De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Génesis 2:15-17).

 Fácil nos é compreender que, se Deus deu esta ordem a Adão (ainda antes da criação de Eva), é porque o diabo já era um inimigo declarado de Deus e, se estava presente no jardim do Éden, é porque já tinha sido “atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos” (Apocalipse 12:9)!

Ou seja, os acontecimentos que rodearam a criação deste mundo e de Adão e Eva, tiveram claramente lugar NUM TEMPO POSTERIOR à expulsão de satanás e dos seus anjos do céu.

Ora, se a criação deste mundo e de Adão e Eva ocorreram após a expulsão de satanás do céu, com muito maior legitimidade podemos então afirmar que a criação da terra e da raça humana ocorreram MUITO DEPOIS da criação de Lúcifer, uma vez que, também ele, foi criado por Deus (o texto de Ezequiel 28:15, referindo-se a satanás, afirma: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que FOSTE CRIADO até que se achou iniquidade em ti.”).
Ou seja, uma primeira conclusão podemos já retirar: o Deus Criador trouxe à existência seres criados em DIFERENTES MOMENTOS, no tempo! Mas há mais…

Não só foram satanás, e provavelmente outros anjos, criados MUITO ANTES de Deus ter criado este planeta Terra e os seus habitantes, mas outros seres (não angélicos) foram também criados ANTES desta terra e dos seus habitantes terem vindo à existência! É o que nos diz o próprio Deus, numa série de perguntas que colocou ao Seu servo Jó para levar este a cair em si e a reconhecer a Sua autoridade suprema sobre todas as coisas: “Onde estavas tu, quando Eu lançava os fundamentos da terra (2)?

Diz-mo, se tens entendimento. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases ou quem lhe assentou a pedra angular, quando as estrelas da alva [entenda-se: anjos], juntas, alegremente cantavam e rejubilavam todos os filhos de Deus?” (Jó 38:4-7).

Quem eram estes “filhos de Deus”, aqui mencionados, que “rejubilavam”, se os próprios “fundamentos da terra” ainda estavam a ser lançados? Seres humanos? De forma alguma, uma vez que estes só foram criados depois da terra ter sido fundada! A única resposta plausível é que se tratavam de seres, também eles, obviamente, criados por Deus, mas que JÁ EXISTIAM aquando da criação desta terra e dos seus habitantes! Foi tudo criado por Deus ao mesmo tempo? A resposta a esta pergunta agora parece-nos óbvia: Não! Mas ainda há mais…

Um fabuloso texto que encontramos no livro de Provérbios vem, de forma clara e definitiva, encerrar este assunto e esclarecer, uma vez por todas, a nossa questão inicial (as palavras em maiúsculas têm a função de realçar o assunto que estamos a tentar compreender):

“O Senhor me possuía no início da Sua obra, antes das suas OBRAS MAIS ANTIGAS. Desde a eternidade fui estabelecida (3), desde O PRINCÍPIO, ANTES DO COMEÇO DA TERRA. Antes de haver abismos, eu nasci, e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. Antes que os montes fossem firmados, antes de haver outeiros, eu nasci. AINDA ELE NÃO TINHA FEITO A TERRA, nem as amplidões, nem sequer o princípio do pó do mundo. QUANDO ELE PREPARAVA OS CÉUS, aí estava eu;” (Provérbios 8:22-27).

Conclusões óbvias a retirar deste texto:
1ª) Há “OBRAS MAIS ANTIGAS” do que outras, o que significa claramente que Deus não criou tudo ao mesmo tempo, mas foi antes criando diferentes obras em diferentes épocas, no tempo;

2ª) O “PRINCÍPIO” aqui referido nesta passagem bíblica refere-se claramente a uma época que existiu “ANTES DO COMEÇO DA TERRA”. Daí que possamos inferir que o “princípio” mencionado em Génesis 1:1 pode não se referir, necessariamente, ao “começo [desta] terra”;

3ª) O texto refere ainda que “AINDA ELE NÃO TINHA FEITO A TERRA” quando já “PREPARAVA OS CÉUS”. Pelo paralelismo típico da literatura hebraica (sobretudo na chamada literatura poética e sapiencial, de que o livro de Provérbios é um exemplo), podemos colocar em paralelo as seguintes expressões:

“antes do começo da terra” = “ainda Ele não tinha feito a terra”
e
“[as] suas obras mais antigas” = “quando Ele preparava os céus”
e concluir que a criação dos céus ocorreu ANTES da criação da terra, uma vez que a criação dos “céus” aparece na categoria das “Suas obras mais antigas”.

Conclusões finais:
O texto de GÉNESIS 1:1, à luz de outros textos bíblicos, pode assim ser facilmente compreendido como sendo uma referência genérica à CRIAÇÃO DO UNIVERSO, assim como à criação de um primeiro “esboço” da terra (“esboço” esse que corresponde à “terra… sem forma e vazia”, mencionado no versículo 2).

O universo foi, todo ele, criado por Deus (ver: Hebreus 11:3), mas numa época ANTERIOR à criação deste planeta Terra em que habitamos. E tal conclusão, longe de pôr em causa qualquer princípio de fé bíblico, reforça antes a nossa compreensão do Deus que a Bíblia nos apresenta.

Pensemos no seguinte: acreditamos nós que Deus é simultaneamente um Deus eterno e um Deus criador? Para qualquer cristão bíblico, a resposta é clara e óbvia: SIM! Então, se Deus é um Deus criador e ao mesmo tempo um Deus eterno, não fará muito mais sentido acreditar que Ele foi manifestando o Seu poder criador ao longo dos séculos e milénios da Eternidade? Certamente que sim, tanto mais que é ISSO MESMO que a Bíblia nos revela!

Uma última pergunta: faz algum sentido aceitar que possam existir estrelas que emitem a sua luz há milhares, milhões ou mesmo biliões de anos? Respondo com outra pergunta: o que é que são esses milhares, milhões ou biliões de anos, comparados com A ETERNIDADE DE DEUS? Daí que a expressão contida em Génesis 1:16 (“e fez também as estrelas”) não faça muito sentido no contexto da criação desta terra! De facto, essa expressão não aparece nos manuscritos mais antigos e terá sido, por isso, segundo alguns estudiosos bíblicos, adicionada por um escriba no decorrer de um trabalho de cópia, talvez por esse escriba considerar que, nesse texto, seria provavelmente o melhor local para se falar da criação das estrelas, cuja referência lhe parecia estar omissa (e provavelmente estaria mesmo!).

“Foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem”? Sem dúvida alguma que sim! Mas o autor da epístola aos Hebreus, o apóstolo Paulo, diz-nos (em Hebreus 11:3) que é “pela fé” que “entendemos” essa realidade, o que pressupõe que tal conhecimento ultrapassa qualquer paradigma meramente racional e/ou científico.

(4). É pela fé que entendemos, e não apenas pela razão, porque a razão aqui torna-se claramente INSUFICIENTE para apreendermos a globalidade das obras criadas por um Deus omnipotente!

Mas uma coisa podemos saber e compreender de forma racional: Deus NÃO CRIOU TUDO AO MESMO TEMPO, porque sendo Ele simultaneamente Eterno e Criador, foi manifestando em diferentes épocas sucessivas o Seu Poder Criador. Eu assim o creio, PORQUE A BÍBLIA O DIZ!
NOTAS:

(1) “Esta ordem” mostra como Deus tinha criado seres moralmente livres. Afinal de contas, se não tivessem a possibilidade de desobedecer, porquê adverti-los?

(2) Certamente que a “terra” aqui mencionada se refere ao nosso planeta Terra!

(3) Referência à Sabedoria, que Ellen White afirmou tratar-se da pessoa de Jesus Cristo:

"O Senhor Jesus Cristo, o divino Filho de Deus, existiu desde a eternidade, como pessoa distinta, mas um com o Pai. Era Ele a excelente glória do Céu. Era o Comandante dos seres celestes, e a homenagem e adoração dos anjos era por Ele recebida como de direito. Isto não era usurpação em relação a Deus. “O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos”, declara Ele, “e antes de Suas obras mais antigas. Desde a eternidade, fui ungida; desde o princípio, antes do começo da Terra. Antes de haver abismos, fui gerada; e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros, eu fui gerada. Ainda Ele não tinha feito a Terra, nem os campos, nem sequer o princípio do pó do mundo. Quando Ele preparava os céus, aí estava eu; quando compassava ao redor a face do abismo.” Provérbios 8:22-27." (EGW, Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 247, da edição online)

"O Soberano do Universo não estava só em Sua obra de beneficência. Tinha um companheiro — um cooperador que poderia apreciar Seus propósitos, e participar de Sua alegria ao dar felicidade aos seres criados. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus”. João 1:1, 2. Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai — um em natureza, caráter, propósito — o único ser que poderia penetrar em todos os conselhos e propósitos de Deus. “O Seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz”. Isaías 9:6. Suas “saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Miquéias 5:2. E o Filho de Deus declara a respeito de Si mesmo: “O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos, e antes de Suas obras mais antigas. [...] Quando compunha os fundamentos da Terra, então Eu estava com Ele e era Seu aluno; e era cada dia as Suas delícias, folgando perante Ele em todo o tempo”. Provérbios 8:22-30." (EGW, Patriarcas e Profetas, pág. 8, da edição online)

(4) Isto tendo em conta que, de uma maneira geral, o paradigma científico atual não aceita nada da ordem do sobrenatural, apenas factos do mundo natural. Por conseguinte, é rejeitada liminarmente e, à partida, qualquer intervenção da fé! Contudo, não deixa de ser estranha tal assunção, pois, na prática, na base de qualquer paradigma científico a fé ou a crença em algo está presente!

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CUIDADO E ATENÇÃO PELOS ANIMAIS

Uma das formas de honrarmos o Deus Criador é respeitarmos TUDO o que existe à nossa volta e que foi criado por Ele. A Bíblia, do princípio ao fim, afirma, de forma clara e inequívoca, que Deus é o Criador de TODAS AS COISAS. É o que refere, por exemplo, este versículo: "Só Tu és Senhor; Tu fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto neles há, e Tu os guardas com vida a todos; e o exército dos céus Te adora." (Neemias 9:6)
Dentre tudo aquilo que foi criado, os animais são certamente criaturas que grandemente alegram a vida do ser humano neste planeta. Pelo menos aqueles que creem em Deus e sabem que Ele é o Criador, têm essa noção na sua mente e, por isso, cuidam e respeitam os animais. É o que nos afirma o texto de Provérbios 12:10: "O justo atenta para a vida dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel."

A verdade contida neste texto bíblico acima citado, pode ser vista no exemplo de dois personagens bíblicos:

- na vida do JUSTO Jacó, que se preocupou com as suas crianças, mas atentou igualmente para a vida dos seus animais: "Porém Jacó lhe disse: Meu senhor sabe que estes meninos são tenros, e tenho comigo ovelhas e vacas de leite; se forçadas a caminhar demais um só dia, morrerão todos os rebanhos. Passe meu senhor adiante do seu servo; eu seguirei guiando-as pouco a pouco, no passo do gado que me vai à frente e no passo dos meninos, até chegar a meu senhor, em Seir." (Génesis 33:13-14);

- na vida do PERVERSO Balaão, que, por isso mesmo, foi cruel para com a sua jumenta, espancando-a por três vezes e querendo, por último, matá-la (ver: Números 22:21-33).

O cuidado e a atenção que o SENHOR quer que tenhamos para com estas Suas criaturas é tão elevado que, no centro da Sua santa Lei, Deus deu indicação para que no Seu santo dia, o Sábado, não só os seres humanos cessassem as suas atividades regulares, mas que os animais também pudessem participar DO MESMO REPOUSO que os seres humanos: "Lembra-te do dia de Sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o Sábado do Senhor teu Deus; NÃO FARÁS NENHUMA OBRA, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, NEM O TEU ANIMAL, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do Sábado, e o santificou." (Êxodo 20:8-11; minha ênfase em maiúsculas)

A forma como interagimos com os animais, é certamente um GRANDE REVELADOR do nosso caráter, mostrando se pertencemos à categoria dos justos ou dos perversos! E isto é tão verdade para indivíduos, como para grupos de pessoas e sociedades inteiras.

Respeitemos, pois, os animais, mas ACIMA DE TUDO, respeitemos todas as outras criaturas da nossa própria raça (a raça humana), a única raça que foi criada à imagem e à semelhança do Deus Criador (ver: Génesis 1:26-27), MESMO QUE ELES NÃO SEJAM DIGNOS DISSO!

Afinal de contas, não nos ensina a Graça de Deus isso mesmo? Algum de nós é merecedor do Amor e da Misericórdia de Deus? Não, nenhum de nós, razão pela qual nos é dito que só podemos ser salvos pela Graça divina: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;" (Efésios 2:8-9) Mas a Graça de Deus TAMBÉM nos ensina uma outra coisa muito importante: "Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo;" (Tito 2:11-13).



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SOMENTE DUAS CLASSES DE PESSOAS

A Bíblia afirma, quase no fim do último livro (das versões clássicas) do Antigo Testamento, isto:

"Então, os que temiam ao SENHOR falavam uns aos outros [pergunto: não estaremos nós a ver um cumprimento desta profecia nas redes sociais de hoje? Deixo a cada um de vós a resposta!]; o SENHOR atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante d'Ele para os que temem ao SENHOR e para os que se lembram do Seu nome. Eles serão para Mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o SENHOR dos Exércitos; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve. Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve." (Malaquias 3:16-18)

E Ellen White escreveu:
"Só poderá haver duas classes. Cada participante é assinalado distintamente, ou com o selo do Deus vivo, ou com o sinal da besta ou da sua imagem." — The Review and Herald, 30 de Janeiro de 1900. {EF 215.1}

"No grande conflito entre a fé e a descrença todo o mundo cristão estará envolvido. Todos tomarão partido. Aparentemente, alguns talvez não se engajem [comprometam] de um lado ou outro do conflito. Talvez não pareçam tomar partido contra a verdade, mas não se porão audazmente em campo a favor de Cristo, com receio de perder propriedades ou sofrer opróbrio. Todos esses são incluídos entre os inimigos de Cristo." — The Review and Herald, 7 de Fevereiro de 1893. {EF 215.2}

"Ao nos aproximarmos do fim do tempo, a distinção entre os filhos da luz e os filhos das trevas será cada vez mais clara. Eles estarão cada vez mais em desacordo. Essa diferença é expressa nas palavras de Cristo: “nascer de novo” — criados novamente em Cristo, mortos para o mundo e vivos para Deus. São estas as paredes de separação que dividem o celestial do terreno e descrevem a diferença entre os que pertencem ao mundo e os que são escolhidos do meio dele, os quais são eleitos e preciosos à vista de Deus." — Special Testimony to the Battle Creek Church, 3. {EF 215.3}

Gostaria apenas de enfatizar TRÊS ASPETOS do que acima é citado:

1º) Pergunto: "no grande conflito ENTRE A FÉ E A DESCRENÇA todo o MUNDO CRISTÃO estará envolvido"? Parece não fazer muito sentido esta afirmação, pois não? Então como pode um conflito "entre a fé e a descrença" existir no "mundo cristão"? Então o "mundo cristão" não é, TODO ELE, supostamente CRENTE? Pois bem, NÃO! O "grande conflito entre a fé e a descrença" NÃO SERÁ um conflito entre professos cristãos e ateus e/ou agnósticos, NEM MESMO entre professos cristãos e pessoas que professam outras religiões não cristãs, o grande conflito que está precisamente diante de nós é, sim, um "GRANDE CONFLITO", "entre a fé e a descrença", mas esse "grande conflito" será vivido - aonde? - no "MUNDO CRISTÃO"! NUNCA SE ESQUEÇAM DISTO!

2º) "TODOS TOMARÃO PARTIDO"! Ninguém ficará ou poderá ficar em terreno neutro! Embora "aparentemente, alguns talvez não se [comprometam] de um lado ou outro do conflito" e, por essa razão, "talvez não pareçam tomar partido contra a verdade", o que é certo é que essas "pessoas neutras" são ou serão, nada mais, nada menos, do que "inimigos de Cristo"! NÃO SE ESQUEÇAM TAMBÉM DISTO!

3º) "Ao nos aproximarmos do fim do tempo, a distinção entre os filhos da luz e os filhos das trevas será cada vez mais clara. Eles estarão cada vez mais em desacordo." Não haverá, portanto, uma unidade entre "o mundo cristão", mas sim - o quê? - uma "distinção", que levará, consequentemente, a um "desacordo"! SOBRETUDO NÃO SE ESQUEÇAM DISTO!

Poderia a Revelação ser mais CLARA e OBJETIVA do que isto?

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O MINISTÉRIO DOS ANJOS DE DEUS

Durante toda a minha infância, adolescência, e ainda grande parte da minha juventude, havia um texto na Bíblia que me provocava alguns calafrios, para dizer o mínimo. Era o texto de 1 Pedro 5:8, que diz o seguinte: "Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;". Até que um dia, poucos meses após a minha conversão (aos 27 anos de idade), o Espírito Santo, assim creio, fez luz no meu espírito!

Foi uma descoberta tão forte e intensa, que NUNCA MAIS a poderei esquecer! É que, se até aí eu via esse versículo, escrito pelo apóstolo Pedro, como contendo uma mensagem negativa (nunca tinha, contudo, colocado em causa a total veracidade das palavras inspiradas do apóstolo, e daí a minha inquietação), a partir daí comecei a olhar para esse versículo como um versículo contendo uma mensagem MUITO POSITIVA!

Querem saber porquê? Aqui fica, então, registada a descoberta que o maravilhoso Espírito Santo me fez descobrir, através da Sua Palavra:

É que, se antes da descoberta acima referida eu tremia, sabendo que o diabo, nosso adversário, "ANDA EM [nosso] DERREDOR", depois fiquei a saber que assim é, PORQUE... "O anjo do SENHOR acampa-se AO REDOR dos que O temem e os livra." (Salmo 34:7)!

Por outras palavras, "o diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge" PORQUE É OBRIGADO a andar EM DERREDOR, devido à presença do "anjo do SENHOR [que] acampa-se AO REDOR dos que O temem e os livra"!

Não fosse a proteção do "anjo do SENHOR" e o diabo NÃO andaria EM DERREDOR dos que temem o SENHOR, mas antes cairia sobre eles "para [os] devorar"!

Foi quase o que aconteceu com "sete filhos de um judeu chamado Ceva, sumo sacerdote", que eram, ou melhor, pretendiam ser "exorcistas" (Atos 19:14, 13), mas que não estavam certamente protegidos totalmente pelo "anjo do SENHOR", pois o relato bíblico diz que "o possesso do espírito maligno saltou sobre eles, subjugando a todos, e, de tal modo prevaleceu contra eles, que, desnudos e feridos, fugiram daquela casa" (Atos 19:16)!

E, o mais interessante ainda foi que, ANTES do "possesso do espírito maligno" ter saltado "sobre eles, subjugando a todos [os sete filhos de Ceva]", "o espírito maligno lhes respondeu: Conheço a Jesus e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?" (Atos 19:15). Entenderam bem qual foi a mensagem do "espírito maligno" para aqueles sete filhos de um pastor dirigente (visto que o pai deles era "sumo sacerdote"!)? "Conheço a Jesus e sei quem é Paulo"!

Por outras palavras, o que o "espírito maligno" estava claramente a ADMITIR era que, com Jesus e mesmo com o Seu servo Paulo, ele não poderia fazer o que, logo a seguir, lhes iria fazer, que foi saltar "sobre eles"! Porquê? Porque Paulo, já para não falar de Jesus, tinha uma proteção especial que aqueles sete não tinham! E que proteção tinha o apóstolo Paulo? Obviamente tinha a proteção que é assegurada pelo "anjo do SENHOR" a todos os "que O temem [a Deus]".

Esta verdade está IGUALMENTE bem evidenciada noutras partes da Escritura e, em particular, na vida de outros personagens bíblicos:

- Em 1 João 5:18 é-nos dito que "todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e O MALIGNO NÃO LHE TOCA." (minha ênfase em maiúsculas);

- Em Lucas 10:19, lemos as palavras que Jesus, Ele mesmo, proferiu (e que poderão muito bem ter servido de inspiração para aquilo que o apóstolo João escreveu no versículo supracitado): "Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo O PODER DO INIMIGO, E NADA, ABSOLUTAMENTE, VOS CAUSARÁ DANO." (minha ênfase em maiúsculas);

- Logo no início do livro de Jó (que alguns eruditos bíblicos dizem poder ser o primeiro livro bíblico a ter sido escrito, e por Moisés), é-nos apresentado um diálogo que foi travado entre "o SENHOR" e "satanás" (Jó 1:6). Em determinado momento desse diálogo, satanás, acusando Jó (que é a sua principal "especialidade" para connosco igualmente - ver: Apocalipse 12;10), deu a entender que a razão pela qual Jó era "homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal" (Jó 1:1, 8; 2:3), era porque - querem imaginar a razão apresentada por satanás? - Deus o protegia! Disse "o acusador de nossos irmãos" (Apocalipse 12:10), relativamente a Jó: "Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem?

A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra." (Jó 1:10). Sabem uma coisa?

Satanás, como Jesus bem disse, "é mentiroso e pai da mentira" (João 8:44), mas, por vezes, ele diz algumas verdades - quando estas podem servir os seus intentos malignos! E qual foi a verdade que satanás disse, referindo-se a Jó?

Pelas Escrituras, sabemos que ele disse a verdade, quando afirmou: "Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem?" Que "sebe" era essa a que satanás se referiu e que protegia não somente a Jó, mas igualmente "a sua casa" (isto é, a sua família), "e a tudo quanto [tinha]"?

Nada mais, nada menos, amigos, que a "sebe" descrita no Salmo 34:7, a saber, a proteção que "o anjo do SENHOR" coloca "AO REDOR dos que O temem";

- E o que fez o SENHOR com o Seu servo Eliseu, quando "o rei da Síria" enviou para a cidade de "Dotã", onde Eliseu vivia, "cavalos, carros e fortes tropas [que] chegaram de noite e cercaram a cidade" (2 Reis 6:8, 13-14)? "O SENHOR abriu os olhos do moço [de Eliseu], e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, EM REDOR de Eliseu" (2 Reis 6:17; minha ênfase em maiúsculas)!

Pergunto: não é a Bíblia CONSISTENTEMENTE COERENTE em todas estas passagens e relatos? Absolutamente!

À luz do que acabámos de ver, faz então sentido AFIRMAR que os anjos de Deus são, NA REALIDADE, "todos eles espíritos ministradores enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação" (Hebreus 1:13 e 14)? SE FAZ SENTIDO!

Amigos, perante estes factos, e caso sejamos pessoas que possuamos, minimamente, um espírito de GRATIDÃO, só nos resta fazer uma coisa: AGRADECERMOS DE TODO O NOSSO CORAÇÃO AO SENHOR DOS EXÉRCITOS (DE ANJOS) PELA SUA PROTEÇÃO PARA CONNOSCO!

Cultivem, POR FAVOR, um espírito de gratidão para com o nosso Criador e Redentor, pois "as misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as Suas misericórdias não têm fim; RENOVAM-SE CADA MANHÃ. Grande é a Tua fidelidade." (Lamentações de Jeremias 3:22-23).

Ellen White escreveu isto:
"Todo o remido compreenderá o serviço dos anjos na sua própria vida. Que maravilha será entreter conversa com o anjo que foi a sua guarda desde os seus primeiros momentos, que lhe vigiou os passos e cobriu a cabeça no dia de perigo, que com ele esteve no vale da sombra da morte, que assinalou o seu lugar de repouso, que foi o primeiro a saudá-lo na manhã da ressurreição, e dele aprender a história da interposição divina na vida individual, e da cooperação celeste em toda a obra em prol da humanidade." (Educação, pág. 305)

"De que perigos, visíveis e invisíveis, temos sido protegidos mediante a intervenção de anjos, jamais saberemos até que, à luz da eternidade, as providências de Deus nos sejam reveladas." (O Desejado de Todas as Nações, pág. 240)

DEUS SEJA LOUVADO!


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O AMOR E A JUSTIÇA DE DEUS

Perante FACTOS com a magnitude dos horrorosos atentados de Paris, desta passada sexta-feira, É INEVITÁVEL que, uma vez mais, MUITOS se questionem sobre o Amor e/ou a Justiça de Deus!

Como alguém disse, e MUITO BEM, "Deus ama a todos, não podemos esquecer isso, logo, todas as vítimas deste atentado Deus as amava e até mesmo os terroristas, [pois Ele] deu a sua vida por todos. Ama o pecador, odeia o pecado." Confesso que não poderia estar MAIS DE ACORDO com esta afirmação!

Contudo, NÃO NOS PODEMOS IGUALMENTE ESQUECER que, NÃO É MENOS VERDADE, que Deus é um Deus de Justiça! E porque Ele é um Deus de Justiça, Ele "retribuirá a cada um segundo as suas obras" (Mateus 16:27 e Apocalipse 22:12)! Ou, como muito bem expressou o apóstolo Paulo: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará." (Gálatas 6:7).

Muitos, compreendendo CLARAMENTE que "Deus é Amor" (1 João 4:16), não conseguem, contudo, CONCILIAR que esse MESMO Deus de Amor, É IGUALMENTE um Deus de Justiça! E que essa Justiça IMPLICA, POR VEZES, castigos da parte de Deus! Sim, isso mesmo: CASTIGOS! E não são os castigos de Deus uma prova do Seu amor? O que nos diz Apocalipse 3:19? "Eu repreendo e CASTIGO - a quem? - a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te." (ACF; minha ênfase em maiúsculas)

Talvez alguns considerem que o Amor de Deus só se manifesta em "carinhos e abraços", mas, pergunto: o que é que Jesus fez com a geração antediluviana? Carinhos? E com as cidades de Sodoma e Gomorra? Mais carinhos? E o que Ele fez com os egípcios, derramando-lhes 10 pragas em cima? Também carinhos e meiguices? E o que permitiu que acontecesse, por duas vezes, com a cidade de Jerusalém (no ano 586 a.C, e no ano 70 d.C.)? E o que Ele fará, no final dos tempos, ao derramar sobre os ímpios 7 terríveis pragas (ver: Apocalipse 16)?

Devemos ter MUITO CUIDADO com a forma como apresentamos Deus aos outros, para que não apresentemos APENAS UMA PARTE do Seu caráter - ou SOMENTE o Seu Amor, ou SOMENTE a Sua Justiça!

Ele é um Deus de Amor e Misericórdia, SIM, mas TAMBÉM É um Deus de Justiça, e quando a Sua Misericórdia e Paciência chegam a um limite (que só Ele conhece!)... está "o caldo entornado"... para os ÍMPIOS! Ainda bem que assim é!

E...
Ele é um Deus de Justiça, SIM, mas TAMBÉM É um Deus de Amor e Misericórdia, daí nos ser revelado que "onde abundou o pecado, superabundou a graça" (Romanos 5:20), e também que "Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna. " Ainda bem que assim é!

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CONSELHOS INSPIRADOS PARA MIM E PARA OS MEUS COLEGAS DE MINISTÉRIO

Não atores, mas mestres da palavra — Vejo que deve ter lugar no ministério grande reforma antes que ele seja aquilo que Deus quer que seja. Os ministros no púlpito não têm permissão de comportar-se como representantes de teatro, tomando atitudes e expressões calculadas a causar efeito. Eles não ocupam o púlpito sagrado como atores, mas como mestres de verdades solenes. Há também ministros fanáticos que, tentando pregar a Cristo, atacam, gritam, saltam para cima e para baixo, esmurram o púlpito, como se esse exercício corporal servisse para alguma coisa. Tais momices não emprestam força alguma às verdades proferidas, antes, ao contrário, desgostam os homens e as mulheres de pensarem serenamente e de terem vistas elevadas. É dever dos que se entregam ao ministério deixar toda a rudeza e toda a conduta tempestuosa, no púlpito pelo menos. {Ev 640.1}

Gestos desalinhados e grosseiros não se devem tolerar nas profissões comuns da vida; quanto menos, então, deverão eles ser tolerados na sacratíssima obra do ministério evangélico! O ministro deve cultivar graça, cortesia e refinamento de maneiras. Deve conduzir-se com a calma dignidade condizente com a sua elevada vocação. Solenidade, uma certa autoridade piedosa, de mistura com a mansidão, eis o que deve caracterizar o porte daquele que é mestre da verdade de Deus. {Ev 640.2}

Os ministros não devem formar o hábito de contar anedotas no púlpito; isto prejudica o poder e a solenidade da verdade que apresentam. A narração de anedotas ou incidentes que produzam riso ou um pensamento leviano no espírito dos ouvintes, é severamente censurável. As verdades devem ser revestidas de linguagem casta e cheia de dignidade; e as ilustrações devem ser de caráter semelhante. {Ev 640.3}

Fosse o ministério evangélico o que ele deve e poderia ser; e os mestres da verdade de Cristo estariam trabalhando em harmonia com os anjos; seriam colaboradores do seu grande Mestre. Há demasiado pouca oração entre os ministros de Cristo, e demasiada exaltação própria. Há demasiado pouco chorar entre o pórtico e o altar, clamando: “Poupa o Teu povo, ó Senhor, e não entregues a Tua herança ao opróbrio.” Há demasia de longos sermões doutrinais, sem uma centelha de fervor espiritual e do amor de Deus. Há demasia de gesticulações e narração de anedotas humorísticas no púlpito, e demasiado pouco se diz acerca do amor e da compaixão de Jesus Cristo. {Ev 640.4}

Não basta pregar aos homens; cumpre-nos orar com eles e por eles; importa não nos mantermos friamente afastados deles, mas nos aproximarmos com simpatia das almas que desejamos salvar, visitá-las e conversar com elas. O ministro que dirige a obra fora do púlpito de maneira apropriada, realizará dez vezes mais do que aquele que limita o seu labor ao púlpito. — The Review and Herald, 8 de Agosto de 1878. {Ev 641.1}

Evitar gracejos e pilhérias — Este espírito de gracejos e pilhérias, de leviandade e frivolidade, é uma pedra de tropeço para os pecadores e ainda pior pedra de tropeço para os que dão lugar à inclinação do coração não santificado. O facto de que alguns têm permitido esse traço desenvolver-se a ponto de o gracejar ser neles tão natural como a respiração, não diminui os seus maus efeitos. Quando alguém puder apontar uma palavra frívola proferida por nosso Senhor, ou qualquer leviandade vista em Seu caráter, ele pode sentir que a leviandade e os gracejos são desculpáveis nele próprio. Este espírito não é cristão; pois ser cristão é ser semelhante a Cristo. Jesus é um modelo perfeito, e devemos imitar-Lhe o exemplo. Um cristão é a mais elevada espécie de homem, um representante de Cristo. {Ev 641.2}

Alguns que são dados a gracejar, e a fazer observações levianas e frívolas, podem aparecer no púlpito sagrado com apropriada dignidade. Podem ser capazes de passar imediatamente à contemplação de assuntos sérios, e apresentar aos seus ouvintes as mais importantes e probantes verdades já confiadas a mortais; mas talvez os seus companheiros de trabalho, a quem eles influenciaram, e que se lhes uniram nos descuidosos gracejos, não possam mudar tão depressa o curso dos seus pensamentos. Sentem-se condenados, a mente fica confundida; e acham-se incapazes de entrar na contemplação dos temas celestes e pregar a Cristo e Cristo crucificado. {Ev 641.3}

A disposição de dizer coisas espirituosas que provoquem riso, quando se acham em consideração as necessidades da causa, seja numa reunião de comissão, ou da mesa, seja em qualquer outra reunião de negócios, não é de Cristo. Essa inoportuna hilaridade tem uma tendência desmoralizante. Deus não é honrado quando levamos tudo para o ridículo num dia, e no dia seguinte estamos desanimados e quase destituídos de esperança, sem luz da parte de Cristo, e prontos a criticar e murmurar. Ele Se agrada quando o Seu povo manifesta solidez, resistência e firmeza de caráter, e quando possui disposição animada, contente e esperançosa. ... {Ev 642.1}

Caso a mente se concentre em coisas celestiais, a conversa fluirá no mesmo sentido. O coração transbordará na contemplação da esperança cristã, a mui grande e preciosa promessa registada para a nossa animação; e o nosso regozijo em vista da misericórdia e bondade de Deus não precisa ser reprimido; é uma alegria que ninguém nos pode tirar. — The Review and Herald, 10 de Junho de 1884. {Ev 642.2}

Ministros folgazãos — Há em vossa associação um homem (não sei o seu nome) que não deve estar ligado com ela como ministro, pois a sua influência no espírito dos que estão buscando a verdade é desfavorável. Ele me foi apontado, sendo-me ditas estas palavras: “A obra de Deus não necessita de ministros não convertidos, folgazãos. O espírito desse homem não se acha em harmonia com a obra solene em que nos achamos empenhados.” A verdade que professamos crer não precisa de homens frívolos para apresentá-la. Um homem de disposição leviana e jovial fará mais em levedar as igrejas com o mesmo espírito, do que dez homens bons podem efetuar para remover essa impressão. ... {Ev 642.3}

O poder convertedor de Deus deve possuir o coração dos ministros, ou eles devem buscar outra vocação. Caso os embaixadores de Cristo reconheçam a solenidade de apresentar a verdade ao povo, serão homens sóbrios, refletidos, coobreiros de Deus. Uma vez que tenham o verdadeiro senso da comissão dada por Cristo aos Seus discípulos, hão de, com reverência, abrir a Palavra de Deus, e escutar a instrução do Senhor, pedindo sabedoria do Céu, para que, enquanto se colocam entre os vivos e os mortos, reconheçam que precisam prestar contas a Deus pela obra que sai das suas mãos. {Ev 643.1}

Que pode o ministro fazer sem Jesus? Verdadeiramente nada. Então, se ele é um homem frívolo, brincalhão, não está preparado para cumprir o dever sobre ele posto pelo Senhor. “Sem Mim”, diz Cristo, “nada podeis fazer.” As palavras petulantes que lhe caem dos lábios, as frívolas anedotas, as palavras proferidas a fim de provocar o riso, são todas condenadas pela Palavra de Deus, e inteiramente fora de lugar na tribuna sagrada. ... {Ev 643.2}

A menos que os ministros sejam homens convertidos, as igrejas ficarão enfermas e prestes a morrer. Unicamente o poder de Deus pode mudar o coração humano e impregná-lo do amor de Cristo. Só o poder de Deus pode corrigir e subjugar as paixões e santificar os sentimentos. Todos quantos ministram precisam humilhar o coração orgulhoso, submeter a própria vontade à vontade de Deus, e esconder a sua vida com Cristo em Deus. {Ev 643.3}

Qual é o objetivo do ministério? É misturar o cómico com o religioso? O teatro é o lugar para tais exibições. Caso Cristo esteja formado no interior, caso a verdade com o seu poder santificador seja introduzida no santuário interior da alma, não tereis homens folgazãos, nem também homens azedos, mal-humorados e rudes para ensinarem as preciosas lições de Cristo às almas que perecem. — Carta 15, 1890. {Ev 644.1}

Andar circunspectamente — Toda a postura, que é tão comum, como gestos teatrais, toda leviandade e frivolidade, todo o gracejo e pilhéria, devem ser considerados pelos que levam o jugo de Cristo como não sendo “convenientes” — uma ofensa a Deus e negação de Cristo. Isto incapacita o espírito para o pensar sólido e o sólido labor. Torna os homens ineficientes, superficiais e espiritualmente enfermos. ... {Ev 644.2}

Que todo o ministro seja calmo. Ao estudar ele a vida de Cristo, verá a necessidade de andar circunspectamente. Todavia, pode ser e será, caso esteja ligado com o Sol da Justiça, alegre e feliz, manifestando os louvores dAquele que o chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. A sua conversação será pura, inteiramente limpa de toda a frase de gíria. — Manuscrito 8, 1888. {Ev 644.3}

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PROVÉRBIOS 29:4

"O rei justo sustém a terra, mas o amigo de impostos a transtorna." (Versão João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada no Brasil)

"Um rei que pratica a justiça assegura a prosperidade do país; mas, quando só pensa nos impostos, arruína-o." (Bíblia Sagrada, Tradução em Português Corrente, Portugal)

"Quando o governo é justo, o país tem segurança; mas, quando o governo cobra impostos demais, a nação acaba na desgraça." (Provérbios 29:4; Nova Tradução na Linguagem de Hoje, Brasil)

"O rei que exerce a justiça dá estabilidade ao país, mas o que gosta de subornos o leva à ruína." (Nova Versão Internacional, Brasil)

Independentemente da versão bíblica utilizada, é clara a mensagem que este versículo bíblico transmite aos nossos governantes, sim ou não?

 Por que não partilhá-lo, então, com todo o respeito e honra (ver: Romanos 13:1-7; Tito 3:1-2 e 1 Pedro 2:17), com os nossos governantes?

Em vez de simplesmente criticarmos as autoridades, por que não os ajudarmos, fazendo-lhes NOTAR ou, talvez apenas, RECORDAR-LHES, princípios universais que veem diretamente do Supremo Governante de todo o Universo, do qual eles receberam poder e autoridade (ver: João 19:11; Romanos 13:1)?


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ROMA NÃO MUDA!

"Mas o romanismo, como sistema, não se acha hoje em harmonia com o evangelho de Cristo mais do que em qualquer época passada da sua história. As igrejas protestantes estão em grandes trevas, pois do contrário discerniriam os sinais dos tempos. São de grande alcance os planos e modos de operar da Igreja de Roma. Emprega todo o expediente para estender a influência e aumentar o poderio, preparando-se para um conflito feroz e decidido a fim de readquirir o domínio do mundo, restabelecer a perseguição e desfazer tudo o que o protestantismo fez. O catolicismo está a ganhar terreno de todos os lados. Vede o número crescente das suas igrejas e capelas nos países protestantes

Notai a popularidade dos seus colégios e seminários na América do Norte, tão extensamente patrocinados pelos protestantes. Pensai no crescimento do ritualismo na Inglaterra, e nas frequentes deserções para as fileiras dos católicos. Estas coisas deveriam despertar a ansiedade de todos os que prezam os puros princípios do evangelho." (EGW, O Grande Conflito, pág. 565 da edição online)

Se alguém quiser atrever-se a CONTESTAR o que quer que seja que esta declaração inspirada nos revela, então que o faça, mas, antes de o fazer, queira, POR FAVOR, certificar-se de encontrar dados concretos e reais que provem que:

- é mentira que "o romanismo, como sistema, não se acha hoje em harmonia com o evangelho de Cristo mais do que em qualquer época passada da sua história";

- é mentira que "as igrejas protestantes estão em grandes trevas, pois do contrário discerniriam os sinais dos tempos";

- é mentira que "são de grande alcance os planos e modos de operar da Igreja de Roma" e que ela (Igreja de Roma) "emprega todo o expediente para estender a [sua] influência e aumentar o [seu] poderio (...) a fim de readquirir o domínio do mundo, restabelecer a perseguição e desfazer tudo o que o protestantismo fez";

- é mentira que "o catolicismo está a ganhar terreno de todos os lados";

- é mentira que existe um "número crescente das suas igrejas e capelas nos países protestantes";

- é mentira que esteja a aumentar "a popularidade dos seus colégios e seminários na América do Norte, tão extensamente patrocinados pelos protestantes";

- é mentira que haja "crescimento do ritualismo na Inglaterra" e haja igualmente "frequentes deserções para as fileiras dos católicos".

Se me conseguir PROVAR que, pelo menos uma das declarações que mais acima enfatizei é FALSA, ENTÃO ficará provado que Ellen G. White é uma falsa profetisa! Caso contrário, SERÁ MAIS DO QUE ÓBVIO que aquilo que lhe foi revelado, HÁ MAIS DE UM SÉCULO, é ABSOLUTAMENTE VERDADEIRO, tanto mais que nós temos, hoje, a possibilidade de comprovar isso PELOS NOSSOS PRÓPRIOS OLHOS!

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segunda-feira, 25 de abril de 2016

EXISTE ALGUMA DIFERENÇA ENTRE O SUICÍDIO E A VONTADE DE MORRER?

No mundo em que vivemos, em que TUDO, ou quase tudo, parece desmoronar-se à nossa volta, e em que os valores morais, já para não falar dos valores espirituais, se degradam de dia para dia, e a olhos vistos - mesmo, por vezes, em pessoas que se dizem, ou que simplesmente se fazem passar por crentes - é cada vez maior o número de indivíduos que encontram poucas ou quase nenhumas razões para continuarem a viver!

Alguns, em resultado de um conjunto de circunstâncias com que se deparam na vida, perderam ou estão em vias de perder toda e qualquer motivação para viver!

Neste cenário, alguns (não todos, obviamente) simplesmente gostariam de poder deixar de viver, ao passo que outros ainda, infelizmente, acabam por chegar à sinistra conclusão de que o melhor é mesmo porem fim à sua própria vida, por eles mesmos!

 Haverá alguma diferença entre a vontade de morrer e a vontade de colocar um termo à própria vida?

Vamos deixar que a Bíblia responda a esta questão, que certamente toca o âmago ou a essência da nossa existência:

Existem dois casos paradigmáticos (um no Antigo Testamento, outro no Novo Testamento), de pessoas que se suicidaram: Saul (o primeiro rei da nação unificada de Israel) e Judas Iscariotes (um dos doze discípulos de Jesus Cristo).

Quer para um quer para o outro caso, a Bíblia não os apresenta sob uma luz favorável, e o que deles é referido deixa-nos com a clara certeza que, quer um, quer o outro, perderam o dom da vida eterna, que o Senhor certamente lhes desejaria conceder, uma vez que o desejo de Deus é que "NENHUM pereça, senão que TODOS cheguem ao arrependimento" (2 Pedro 3:9; minha ênfase em maiúsculas).

De Saul nos é dito que "tendo-se retirado de Saul o Espírito do SENHOR, da parte deste um espírito maligno o atormentava" (1 Samuel 16:14).

Apesar deste horrendo facto ter ocorrido na vida de Saul, este ainda viveu algum tempo (quanto tempo exato, não sabemos!), até que, por fim, "Saul tomou da espada e se lançou sobre ela" (1 Samuel 31:4). Enfatizo aqui um facto: quando Saul se suicidou, ele JÁ ERA um homem perdido - desde o momento em que o Espírito Santo se tinha retirado dele, sendo que, nesse momento, o pecado de Saul contra o Espírito Santo estava consumado, e quando esse pecado se consuma, o Espírito Santo RETIRA-SE DEFINITIVAMENTE da pessoa, para NUNCA mais voltar, como nos refere o seguinte texto bíblico:

 "é impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, É IMPOSSÍVEL OUTRA VEZ RENOVÁ-LOS PARA ARREPENDIMENTO, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-O à ignomínia." (Hebreus 6:4-6; minha ênfase em maiúsculas).

Quanto a Judas Iscariotes, a Bíblia refere-nos que "após [ter recebido] o bocado [de pão molhado, que Jesus lhe deu], imediatamente, entrou nele satanás." (João 13:27).

Pergunto: por que acham que satanás teve permissão para entrar em Judas Iscariotes?

Certamente por que, naquele momento, o Espírito Santo se tinha retirado completamente dele!

Judas Iscariotes tinha igualmente cometido "a blasfémia contra o Espírito Santo [que] não será perdoada" (Mateus 12:31), e, por essa razão, satanás teve livre e total acesso ao coração de Judas Iscariotes!

Que momento terrível e horrível é este, quando o Espírito Santo se retira definitivamente de alguém, e satanás pode, por conseguinte, e a partir desse momento, tomar TOTAL CONTROLE sobre essa pessoa! Não muitas horas depois desse fatídico momento, "Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se." (Mateus 27:5).

Enfatizo aqui o mesmo facto que tinha ocorrido com o rei Saul: quando Judas Iscariotes se suicidou JÁ ERA um homem perdido, pois, como vimos, o Espírito Santo tinha-se retirado dele no momento em que Jesus lhe deu o bocado de pão molhado (ver: João 13:26-27).


E o que dizer de pessoas que sentiram vontade de morrer?

Pois bem, iremos igualmente analisar dois casos paradigmáticos (um no Antigo, outro no Novo Testamento): Sansão e Paulo (o apóstolo).

Quanto a Sansão, a Bíblia refere-nos que, depois dele ter sofrido imenso as consequências das suas decisões insensatas e erróneas - entre as quais, o facto de que "lhe vazaram os olhos, e o fizeram descer a Gaza; amarraram-no com duas cadeias de bronze, e virava um moinho no cárcere" (Juízes 16:21) - Sansão fez este pedido ao Senhor: "Sansão clamou ao SENHOR e disse: SENHOR Deus, peço-Te que Te lembres de mim, e dá-me força só esta vez, ó Deus, para que me vingue dos filisteus, ao menos por um dos meus olhos" (Juízes 16:28).

A resposta divina não se fez esperar, uma vez que ele reganhou as suas forças físicas e pôde fazer isto: "Abraçou-se, pois, Sansão com as duas colunas do meio, em que se sustinha a casa [do deus filisteu Dagom], e fez força sobre elas, com a mão direita em uma e com a esquerda na outra.

E disse: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela estava; e foram mais os que matou na sua morte do que os que matara na sua vida." (Juízes 16:29-30). Pergunto: sentiu Sansão o desejo ou a vontade de morrer?

É óbvio que SIM, pois, caso contrário, não teria pedido a Deus que morresse "com os filisteus"!

 Alguns consideram que Sansão cometeu um suicídio!

Todavia, tal afirmação é destituída de qualquer fundamento, uma vez que Sansão PEDIU a Deus para morrer, e NÃO DECIDIU, unilateralmente, isto é, só por si mesmo, que queria por fim à sua existência! E caso ele quisesse colocar fim à sua vida, da forma como o fez, tomando só ele essa decisão, não o teria conseguido, pois NÃO tinha forças físicas para poder fazer aquilo que fez!

E o facto de que as forças físicas lhe revieram, é a PROVA de que Deus APROVOU o seu pedido de morrer "com os filisteus"!

Portanto, NÃO estamos aqui em presença de um suicídio, mas SIM de uma vontade de um indivíduo em morrer, que foi expressa a Deus de forma clara, e que foi aprovada por Deus!

Não fosse da vontade de Deus que Sansão morresse, e certamente que Ele NÃO lhe daria a sua grande força física de volta, como realmente o fez!

Sansão, ao contrário dos casos acima mencionados (Saul e Judas Iscariotes), que se suicidaram na condição de perdidos, NÃO morreu perdido, pois, se assim fosse, o Espírito Santo não teria permitido que o apóstolo Paulo (o autor a epístola aos Hebreus) o INCLUÍSSE na lista dos heróis da fé (ver: Hebreus 11:32).

Quanto ao apóstolo Paulo, ele escreveu isto aos crentes que compunham a igreja que existia na cidade de Filipos (Grécia): "Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e O MORRER É LUCRO. Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, TENDO O DESEJO DE PARTIR e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.

Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne. E, convencido disto, estou certo de que ficarei e permanecerei com todos vós, para o vosso progresso e gozo da fé, a fim de que aumente, quanto a mim, o motivo de vos gloriardes em Cristo Jesus, pela minha presença, de novo, convosco." (Filipenses 1:21-26; minha ênfase em maiúsculas). Teve Paulo "o desejo de partir", isto é, de morrer?

Isso é absolutamente incontestável! Mas, por que teve esse desejo, sentiu Paulo que isso lhe dava, automaticamente, o direito de colocar fim à sua vida? Nem pensar! Consegue, então, querido/a amigo/a, ver aqui uma CLARA DIFERENÇA, entre o suicídio e a vontade de morrer? Ela é mais do que óbvia!

Oxalá que este NÃO SEJA o caso consigo, mas caso sinta o desejo de morrer - por circunstâncias que só Deus e você conhecem! - então, querido/a amigo/a, NÃO ACRESCENTE à sua angústia de querer morrer, a angústia AINDA MAIOR de pensar que esse seu desejo é pecaminoso e não é aprovado por Deus!

Lembre-se de Sansão, que desejou morrer, e o SENHOR, não apenas não criticou Sansão pelo pedido que este Lhe fez, como ainda APROVOU tal pedido!

E Sansão morreu na condição de um HERÓI DA FÉ! E lembre-se igualmente do grande apóstolo Paulo, que chegou a sentir que morrer, para ele, era "LUCRO", e não só sentiu, como expressou por escrito, esse seu "DESEJO DE PARTIR", e quando finalmente sentiu que "o tempo da [sua] partida [era] chegado" (2 Timóteo 4:6), pôde afirmar, confiantemente, isto: "porque sei em Quem tenho crido e estou certo de que Ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia [o dia da segunda vinda de Cristo]"; "combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a Sua vinda." (2 Timóteo 1:12; 4:7-8).
 
O ENORME CONTRASTE entre os dois personagens bíblicos mencionados, que se suicidaram, e os dois outros personagens bíblicos que apenas sentiram o desejo de morrer, mas confiaram tal decisão ao Criador ou Doador da Vida, é por demais evidente, não acha?

Retire as lições que quiser, mas, para mim, a lição, insisto, é por demais ÓBVIA:

- é TOTALMENTE ILÍCITO tomarmos a decisão de retirarmos a vida que o Senhor nos concedeu! Utilizar tal prerrogativa, não será uma forma de manifestar que nos colocamos, consciente ou inconscientemente, mas seguramente de forma voluntária, na posição do próprio Deus, uma vez que SÓ ELE que deu a vida, a pode tomar de volta?

- mas já é TOTALMENTE LÍCITO sentirmos "o desejo de partir", desde que tal desejo não nos convença que temos o poder de decidir tirarmos a vida a nós próprios!

E, por último, lembre-se do Exemplo Máximo, o do nosso Senhor Jesus Cristo que, estando no jardim do Gétsemani, "começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia". E, que disse Ele, nesse momento de terrível agonia? "E lhes disse: A Minha alma ESTÁ PROFUNDAMENTE TRISTE ATÉ À MORTE;" (Marcos 14:33-34).

O que acha que Jesus quis dizer com essa frase "a Minha alma está profundamente triste até à morte"? Certamente quis dizer que a Sua angústia o levava a desejar a morte, como um alívio ao Seu sofrimento! Mas, como reagiu Jesus?

Procurou colocar fim à Sua vida, ou colocou a Sua vida nas Mãos do Seu Pai?

Foi isto mesmo que Ele fez! Teve Jesus o desejo de morrer, quando a angústia Lhe parecia quase insuportável?

Sim, teve! Mas, procurou Ele pôr fim ao Seu sofrimento pelas Suas próprias Mãos? Nem pensar!

 Pelo contrário, Ele confiou AINDA MAIS no Seu Pai, e, por três vezes, Lhe disse: "contudo, não seja o que Eu quero, e sim o que Tu queres" (Marcos 14:36; cf. Mateus 26:44).

ESTÁ TUDO DITO!

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NUNCA COMPROMETER A VERDADE!

Jesus disse: "O servo não é maior do que o seu Senhor. Se a Mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a Minha palavra, também guardarão a vossa." Nunca haverá qualquer verdadeira unidade entre ou com aqueles que estão sob a bandeira de satanás.

Os seguidores de Cristo podem seguir as coisas que servem para a paz, eles podem sinceramente desejar superar o espírito de discórdia com o espírito de bondade e amor, mas o inimigo vai agitar os seus agentes para provocar discórdia e divisão.

É um GRAVE ERRO da parte daqueles que são filhos de Deus procurar colmatar o fosso que separa os filhos da luz dos filhos das trevas cedendo ao princípio, comprometendo a verdade. Isso seria entregar a paz de Cristo, a fim de fazer a paz ou confraternizar com o mundo.

O sacrifício é demasiado caro para ser feito pelos filhos de Deus para fazer paz com o mundo, abandonando os princípios da verdade.

Aqueles que têm a mente de Cristo vão deixar essa luz brilhar para o mundo em boas obras, MAS ESSA LUZ IRÁ TRAZER UMA DIVISÃO. Porventura deverá a luz ser escondida sob uma cama ou debaixo do alqueire, porque ela vai fazer uma distinção entre os seguidores de Cristo e os do mundo?

Era a pureza do caráter de Cristo que despertou a inimizade de um mundo devasso. A Sua imaculada justiça era uma repreensão contínua para o seu pecado e a impureza; mas NENHUM PRINCÍPIO DA VERDADE FOI COMPROMETIDO POR CRISTO PARA GANHAR O FAVOR DO MUNDO.

Então que os seguidores de Cristo assentem nas suas mentes que eles nunca irão comprometer a verdade, nunca ceder nem um milímetro do princípio para obter o favor do mundo.

 Deixem-nos reter a paz de Cristo."

{EGW, Review & Herald, 24 julho de 1894, parágrafo 6}

 No original inglês:
 "Jesus has said: “The servant is not greater than his Lord. If they have persecuted me, they will also persecute you; if they have kept my saying, they will keep yours also.” There will never be any true unity between or with those who stand under the banner of Satan.
 The followers of Christ may follow the things that make for peace, they may earnestly desire to overcome the spirit of discord with the spirit of kindness and love, but the enemy will stir up his agents to bring about strife and division.
 It is a grave mistake on the part of those who are children of God to seek to bridge the gulf that separates the children of light from the children of darkness by yielding principle, by compromising the truth. It would be surrendering the peace of Christ in order to make peace or fraternize with the world. The sacrifice is too costly to be made by the children of God to make peace with the world by giving up the principles of truth.
Those who have the mind of Christ will let that light shine forth to the world in good works, but that light will bring about a division. Shall the light, therefore, be hid under a bed or under a bushel, because it will mark a distinction between the followers of Christ and the world? It was the purity of the character of Christ that stirred up the enmity of a profligate world. His spotless righteousness was a continual rebuke to their sin and uncleanness; but no principle of truth was compromised by Christ to win the favor of the world. Then let the followers of Christ settle it in their minds that they will never compromise truth, never yield one iota of principle for the favor of the world. Let them hold to the peace of Christ."
{RH July 24, 1894, par. 6}

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AS TROMBETAS MENCIONADAS NO LIVRO DE APOCALIPSE REFEREM-SE A ACONTECIMENTOS FUTUROS?

No livro "O Grande Conflito", a sua autora - Ellen Gould White (EGW) - escreveu o seguinte (minha ênfase em maiúsculas):

"No ANO DE 1840 outro notável CUMPRIMENTO DA PROFECIA despertou geral interesse. Dois anos antes, Josias Litch, um dos principais pastores que pregavam o segundo advento, publicou UMA EXPLICAÇÃO DE APOCALIPSE 9, predizendo a queda do Império Otomano. Segundo os seus cálculos esta potência deveria ser subvertida “no ano de 1840, no mês de agosto”; e poucos dias apenas antes do seu cumprimento escreveu: “Admitindo que o primeiro período, 150 anos, se cumpriu exatamente antes que Deacozes subisse ao trono com permissão dos turcos, e que os 391 anos, quinze dias, começaram no final do primeiro período, terminará no dia 11 de agosto de 1840, quando se pode esperar seja abatido o poderio otomano em Constantinopla. E isto, creio eu, verificar-se-á ser o caso.” — Josias Litch, artigo no Signs of the Times, and Expositor of Prophecy, de 1º de agosto de 1840. {GC 334.4}

No mesmo tempo especificado, a Turquia, por intermédio dos seus embaixadores, aceitou a proteção das potências aliadas da Europa, e assim se pôs sob a direção de nações cristãs.

O ACONTECIMENTO CUMPRIU EXATAMENTE A PREDIÇÃO.

Quando isto se tornou conhecido, multidões se convenceram da EXATIDÃO DOS PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO PROFÉTICA ADOTADOS POR MILLER E SEUS COMPANHEIROS, e maravilhoso impulso foi dado ao movimento do advento. Homens de saber e posição uniram-se a Miller, tanto para pregar como para publicar as suas opiniões, e de 1840 a 1844 a obra estendeu-se rapidamente. {GC 335.1}

Guilherme Miller possuía grandes dotes intelectuais, disciplinados pela meditação e estudo; e a estes acrescentava a sabedoria do Céu, pondo-se em ligação com a Fonte da sabedoria. Era um homem de verdadeiro valor, que inspirava respeito e estima onde quer que a integridade de caráter e a excelência moral fossem apreciadas. Unindo a verdadeira bondade de coração à humildade cristã e ao poder do domínio próprio, era atento e afável para com todos, pronto para ouvir as opiniões de outrem e pesar os seus argumentos. Sem paixão ou excitação, aferia todas as teorias e doutrinas pela Palavra de Deus; e seu raciocínio sadio e o profundo conhecimento das Escrituras habilitavam-no a refutar o erro e desmascarar a falsidade." {GC 335.2}

Espero que estes parágrafos tenham sido bem entendidos por vós! Neles, a sua autora (EGW), não dá uma interpretação de Apocalipse 9, mas APENAS faz referência a uma interpretação de Apocalipse 9, feita por "Josias Litch, um dos principais pastores que pregavam o segundo advento"!

E o que é que esse pregador do "segundo advento" profetizou, que "cumpriu exatamente a predição"? Pois bem, profetizou que "o poderio otomano em Constantinopla" iria cair “no ano de 1840, no mês de agosto”, mais precisamente " no dia 11 de agosto de 1840"! E agora a questão crucial é esta: em que profecia bíblica é que esse pastor se baseou para fazer a previsão que fez? E - enfatizo novamente - essa previsão CUMPRIU-SE DE FORMA EXATA!

A resposta a esta pergunta é a seguinte: baseou-se numa profecia cronológica mencionada em Apocalipse 9:15, que aparece... no contexto da SEXTA TROMBETA!

Como é que é? Em 1840 ocorreu um "acontecimento" que "cumpriu exatamente a predição" feita pela mensagem da 6ª trombeta? Então, a mensagem das trombetas não são para o tempo do fim, tempo esse que ainda está no futuro relativamente ao nosso tempo?

De duas, uma:

- ou essa interpretação das trombetas estarem no tempo do fim é correta e, neste caso, Josias Litch tinha princípios de interpretação profética erróneos, e, assim sendo, EGW mentiu quando disse que "multidões se convenceram da EXATIDÃO dos princípios de interpretação profética adotados por Miller e seus companheiros";

- ou então EGW não mentiu, e, por conseguinte, os "princípios de interpretação profética adotados por Miller e seus companheiros" eram exatos, e, neste caso, essa interpretação que coloca as trombetas de Apocalipse 8, 9 e 11:15-19 no tempo do fim, com as pragas, está ERRADA!

A decisão sobre em quem vai ou quer acreditar É SUA! A minha decisão já está tomada... há muito tempo: eu acredito "nos Seus profetas" para que possa prosperar no caminho da Verdade (ver: 2 Crónicas 20:20)!

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FUGI DA PORNOGRAFIA!

Em 1 Coríntios 6:18, o apóstolo Paulo escreveu o seguinte: "Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo."

Sabem qual foi a palavra grega que o apóstolo Paulo utilizou, e que foi traduzida por "impureza" (na versão Almeida, Revista e Atualizada no Brasil, e por "fornicação", "imoralidade" e "prostituição" noutras versões bíblicas)? Foi a palavra grega "porneia", a MESMA palavra de onde vem a palavra "pornografia"! Por outras palavras, uma outra forma de traduzir o conselho do apóstolo Paulo, sem alterar minimamente o valor do texto bíblico em si, é este: "Fugi da pornografia"!

Nesta passada quinta-feira, dia 22 de outubro, a edição online da Revista Adventista mundial ("Adventist Review") publicou um artigo, da autoria do Pr. Shawn Boonstra (atualmente orador e diretor da "Voz da Profecia"), mostrando por que a recente decisão da conhecida revista "Playboy" de não mais publicar fotos de mulheres nuas, pode, de facto, não ser uma tão boa notícia como muitos poderiam, à primeira vista, pensar. Pelo contrário, a contínua falta de interesse que o público tem vindo a manifestar pela revista "Playboy" - em 1975, há portanto 40 anos atrás, a revista fazia circular 5 milhões e meio de exemplares, ao passo que agora esse número caiu vertiginosamente para cerca de 800 000, ou seja, para menos de um milhão de exemplares - pode ser, na verdade, um PODEROSO INDICADOR da enorme DECADÊNCIA MORAL que a nossa sociedade (dita ocidental) está a atravessar. É que o conteúdo da revista "Playboy" "não atrai mais", porque certamente já não provoca o mesmo tipo de estímulos que habitualmente provocava. E porquê? Porque, devido ao elevadíssimo consumo de pornografia na Internet (segundo estudos recentemente feitos, quase 1/3 (ou cerca de 30%) de todo o tráfego mundial da Internet é constituído por... pornografia), o conteúdo da "Playboy" acaba por ser "insípido"! Segundo o Pr. Boonstra, "o declínio da Playboy acaba por ser um barómetro surpreendente de quão longe nós realmente caímos".

Em termos morais e espirituais, a nossa sociedade está cada vez mais PODRE! E desenganem-se todos aqueles que pensarem que tal condição irá inverter-se! Não, não irá. Pelo contrário, ela irá degradar-se mais e mais, até chegar o momento em que a Paciência de Deus atingirá o seu limite, tal como aconteceu com a sociedade antediluviana (ver: Mateus 24:37-39 e Lucas 17:26-27), e com a sociedade sodomita (ver: Lucas 17:28-30)! E então fechar-se-á DEFINITIVAMENTE "a porta" da misericórdia divina, e abrir-se-á "a porta" da justiça divina! PRECISAMENTE como aconteceu no tempo de Noé e no tempo de Ló, assim irá acontecer quando o tempo de Graça que Deus AINDA está a dar à humanidade (e ao Seu povo professo), terminar, PARA SEMPRE!

"Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas [homossexuais], nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus." (1 Coríntios 6:9-10)

Deus, no Seu grande Amor para connosco, está a conceder-nos uma ENORME OPORTUNIDADE, a cada um de nós, para que, reclamando a Sua Graça e Misericórdia, nos possamos ARREPENDER dos nossos pecados, CONFESSANDO-OS a Ele, e recebendo dEle a força e o poder para levarmos vidas novas, afastando-nos de tudo aquilo que não esteja de acordo com a Sua Soberana Vontade, revelada na Sua Santa Lei (ver: Êxodo 20:3-17 e Deuteronómio 5:7-21).

E que ninguém se deixe enganar, porque a Misericórdia divina SÓ SERÁ PLENAMENTE DERRAMADA sobre aquele que deixa as suas transgressões para trás: "O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa E DEIXA alcançará misericórdia." (Provérbios 28:13; minha ênfase em maiúsculas)

Para terminar: a pornografia de que falei neste artigo é a pornografia física, sexualmente explícita.

Mas existe um outro tipo de pornografia, que eu apelido de "pornografia emocional ou sentimental" que, quanto a mim, não é menos ruinosa do que a primeira. Enquanto que na primeira, os atores, perdendo todo o tipo de pudor, expõem totalmente os seus corpos e as vergonhas que com eles praticam, na segunda, os atores expõem totalmente a sua alma, e todas as emoções e sentimentos (muitas vezes, vergonhosos) que nela existem. Estou a referir-me a telenovelas e filmes, onde a alma humana é muitas vezes completamente "despida", pondo "a nu" o que de mais vergonhoso pode passar (ou é alimentado) pelo espírito humano! Fugi igualmente dessas coisas, meus amados irmãos, porque, o mesmo apóstolo Paulo também aconselhou isto:

 "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, SEJA ISSO O QUE OCUPE O VOSSO PENSAMENTO." (Filipenses 4:8; minha ênfase em maiúsculas).


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JESUS E O SÁBADO

Um dos argumentos utilizados em favor da não necessidade de se guardar o Sábado, é que Jesus, Ele próprio, enquanto andou nesta terra, não guardou o Sábado!

Mas, sabem que os dirigentes religiosos do tempo de Jesus, especialmente os fariseus (e os seus escribas), criticaram e acusaram Jesus por Ele, supostamente, não guardar o Sábado? Vejamos:
"E estavam observando a Jesus para ver se o curaria em dia de Sábado, a fim de O acusarem." (Marcos 3:2);

"Aconteceu que, num Sábado, passando Jesus pelas searas, os Seus discípulos colhiam e comiam espigas, debulhando-as com as mãos. E alguns dos fariseus lhes disseram: Por que fazeis o que não é lícito aos Sábados?" (Lucas 6:1-2);

"O chefe da sinagoga, indignado de ver que Jesus curava no Sábado, disse à multidão: Seis dias há em que se deve trabalhar; vinde, pois, nesses dias para serdes curados e não no Sábado." (Lucas 13:14);

"Aconteceu que, ao entrar Ele num Sábado na casa de um dos principais fariseus para comer pão, eis que O estavam observando. Então, Jesus, dirigindo-se aos intérpretes da Lei e aos fariseus, perguntou-lhes: É ou não é lícito curar no Sábado?" (Lucas 14:1, 3);

"Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar. E aquele dia era Sábado. Por isso, disseram os judeus ao que fora curado: Hoje é Sábado, e não te é lícito carregar o leito. E os judeus perseguiam Jesus, porque fazia estas coisas no Sábado." (João 5:9-10, 16);

"Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-Lo, porque não somente violava o Sábado, mas também dizia que Deus era Seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus." (João 5:18);

"Por isso, alguns dos fariseus diziam: Esse homem não é de Deus, porque não guarda o Sábado." (João 9:16).

A pergunta que vos deixo para reflexão é esta: a qual partido é que pertenceis: ao de Jesus, ou ao dos fariseus? Se dizeis que Jesus não guardou o Sábado, então estais a tomar o partido dos fariseus, pois eles disseram PRECISAMENTE ISSO!

Peguemos no texto de João 5:18, acima mencionado! Por que razão, segundo esse texto bíblico, "os judeus ainda mais procuravam matá-Lo"? Porque, segundo eles (os judeus), Jesus: 1º) "violava o Sábado" e 2º) "dizia que Deus era Seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus".

No texto de João 10:33, lemos o seguinte: "Responderam-lhe os judeus: Não é por obra boa que Te apedrejamos, e sim por causa da blasfémia, pois, sendo Tu homem, te fazes Deus a ti mesmo." Esta era, indiscutivelmente, UMA DAS RAZÕES pelas quais "os judeus ainda mais procuravam matá-Lo" - pela suposta BLASFÉMIA de se fazer a Ele mesmo "igual a Deus" ou, dito por outras palavras, porque "sendo Tu homem, te fazes Deus a ti mesmo"!

Mas - pergunta CRUCIAL - era mesmo Jesus "igual a Deus", sim ou não? Há quem, hoje, como no passado, negue a divindade de Jesus! Mas, uma vez mais, quem nega a divindade de Jesus, está do lado de Jesus ou está do lado dos fariseus que procuravam matar a Jesus, precisamente porque Ele se fazia "igual a Deus"?

A Bíblia também nos revela que, por duas vezes, João, o Revelador, se prostrou diante de um anjo para o adorar (ver: Apocalipse 19:10 e 22:8). E, em ambos os momentos, o anjo declarou perentoriamente a João: "Vê, não faças isso. (...) Adora a Deus." (Apocalipse 19:10 e 22:9). Reparem: um anjo, criado por Deus numa condição SUPERIOR ao ser humano ("Que é o homem mortal para que Te lembres dele? E o filho do homem para que o visites? Pois pouco MENOR o fizeste DO QUE OS ANJOS, e de glória e honra o coroaste" - Salmo 8:4-5; ACF), e, apesar disso, a RECUSAR ser adorado por um ser humano, pois se considerava "conservo" de João! E disse: "Adora a Deus"! Ora, segundo este anjo perante quem o apóstolo João se prostrou para adorar, QUEM, UNICAMENTE, pode e deve ser adorado? Resposta: DEUS!

Mas houve pessoas que, manifestamente, adoraram a Jesus:

"E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-O, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me." (Mateus 8:2);

"Enquanto estas coisas lhes dizia, eis que um chefe, aproximando-se, O adorou e disse: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe a mão sobre ela, e viverá." (Mateus 9:18);

"E os que estavam no barco O adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!" (Mateus 14:33);

"Ela, porém, veio e O adorou, dizendo: Senhor, socorre-me!" (Mateus 15:25);

"E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e O adoraram." (Mateus 28:9);

"E, quando O viram, O adoraram; mas alguns duvidaram." (Mateus 28:17);

"Quando, de longe, viu Jesus, correu e O adorou," (Marcos 5:6);

"Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e O adorou." (João 9:38).

Pergunto: em algum destes episódios acima descritos, Jesus RECUSOU ser adorado? Resposta: nem num único caso! E Jesus, tal como o anjo a João, TAMBÉM disse (a satanás): "Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto." (Mateus 4:10; Lucas 4:8)

CONCLUSÃO ÓBVIA: Jesus permitiu ser adorado PORQUE É DEUS, caso contrário, estaria, efetivamente, a consentir numa blasfémia, como os judeus O acusaram!

Para terminar: se a acusação feita pelos fariseus contra Jesus, de que Ele era merecedor da pena de morte PORQUE O consideravam como um mero "homem" era obviamente FALSA, que dizer do OUTRO MOTIVO pelo qual O queriam condenar à morte, a saber, porque Ele "violava o Sábado"?

Para qualquer pessoa com o mínimo de bom senso, a resposta é mais do que óbvia, ou não?

De que lado você está?

Do lado dos fariseus que acusaram Jesus de não ser Deus e de violar o Sábado, ou do lado do próprio Senhor Jesus, que afirmou: "de sorte que o Filho do Homem é Senhor também do Sábado." (Marcos 2:28).

Não consultei na Internet, pois eu próprio tenho um exemplar (em língua francesa e em língua portuguesa) do "Catecismo da Igreja Católica". A versão portuguesa (de Portugal) que possuo, é a 2ª edição, publicada em 1999 pela Gráfica de Coimbra. À página 535, o artigo 2173, diz o seguinte:
"O Evangelho relata numerosos incidentes em que Jesus é acusado de violar a lei do sábado. MAS JESUS NUNCA VIOLA A SANTIDADE DESSE DIA. É com autoridade que Ele dá a sua interpretação autêntica desta lei: «O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado» (Mc 2,27).

Cheio de compaixão, Cristo autoriza-Se, em dia de sábado, a fazer o bem em vez do mal, a salvar uma vida antes que perdê-la. O sábado é o dia do Senhor das misericórdias e da honra de Deus. «O Filho do Homem é Senhor do próprio sábado» (Mc 2:28)." (minha ênfase em maiúsculas)

Até os católico-romanos não desejam, manifestamente, tomar o partido dos fariseus, ao contrário do que muitos "protestantes" fazem, mas reconhecem que Jesus É DEUS e sempre GUARDOU O SÁBADO, restaurando o seu verdadeiro significado! Pena é que não fiquem por aqui...

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EXAMINE-SE A SI MESMO: SOU EU UM/A FILHO/A DE DEUS?

Ao contrário do que afirma um crescente discurso religioso que procura ser, para dizer o mínimo, "politicamente correto", nem todos os seres humanos são filhos ou filhas de Deus! Todos os seres humanos são CRIATURAS de Deus (quer acreditem em Deus e O sirvam, quer não), pois nos é dito que "de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra" (Atos 17:26), mas os que são FILHOS DE DEUS são UNICAMENTE aqueles que SATISFAZEM CONDIÇÕES claramente explicitadas na Bíblia, a Palavra de Deus.

Será que é legítimo e conveniente nos testarmos ou nos examinarmos a nós próprios? A Bíblia não só afirma que sim, como inclusivamente nos ACONSELHA a fazermos isso mesmo: Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados." (2 Coríntios 13:5). Para saber se é um filho ou filha de Deus, e que não está já reprovado/a, então examine-se a si mesmo à luz dos seguintes CRITÉRIOS ESSENCIAIS:

O PRIMEIRO CRITÉRIO a tomar em consideração é ter recebido a Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor: "Mas, a TODOS QUANTOS O RECEBERAM, deu-lhes o poder de serem feitos FILHOS DE DEUS, a saber, aos que creem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem [expressões estas que se referem claramente ao nosso nascimento natural ou físico, e que é absolutamente irrelevante para a nossa titularidade de "filhos de Deus"], mas de Deus." (João 1:12-13). Contudo, fazer profissão de ter recebido Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor não torna, necessariamente, alguém Seu discípulo genuíno, daí a advertência "examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé", não se dê o caso de poderdes estar já "reprovados"! Por conseguinte, um OUTRO critério torna-se certamente necessário, sobretudo para aqueles que vivem em sociedades e culturas tradicionalmente "cristãs", onde dizer (ou apenas pensar) que se é cristão já faz parte da cultura circundante!

O SEGUNDO GRANDE CRITÉRIO é ser guiado pelo Espírito Santo: "Pois todos os que SÃO GUIADOS pelo Espírito de Deus são FILHOS DE DEUS" (Romanos 8:14). Mas, uma vez mais, muitos poderão pensar que estão a ser, efetivamente, guiados "pelo Espírito de Deus", quando, na realidade, poderão estar a ser guiados por um outro espírito, a saber, pelo "deus deste século" (2 Coríntios 4:4).

De modo que a próxima grande questão essencial é esta: como poderei eu saber que estou a ser efetivamente guiado "pelo Espírito de Deus", para assim poder ter A CERTEZA de que sou um filho (ou filha) de Deus?

1º) Quando Jesus esteve nesta terra disse que "o Espírito da Verdade, Ele vos guiará a TODA A VERDADE" (João 16:13). Se você, desde que entregou a sua vida, pela fé, ao Senhor Jesus Cristo, começou a sentir um FORTE e INTENSO DESEJO DE CONHECER cada vez mais e melhor A VERDADE BÍBLICA, então pode ter a certeza de que esse desejo lhe é implantado no coração... pelo Espírito Santo, e que você está a ser guiado por Ele, porque, repito, Jesus disse que o Espírito Santo agiria no sentido de guiar "os filhos de Deus" "a toda a Verdade"! Se a descoberta da Verdade é um dos seus princípios motivadores de base, então dê glória a Deus, pois o Espírito Santo está efetivamente guiando a sua vida! "Se buscares a sabedoria [ou a Verdade, que está na base da verdadeira sabedoria] como a prata e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do SENHOR e acharás o conhecimento de Deus." (Provérbios 2:4-5).

2º) De acordo com o Senhor Jesus, faz parte dessa "toda a verdade" à qual "o Espírito da Verdade" guiará os "filhos de Deus"... "as coisas que hão de vir" (ver: João 16:13). E que palavra é habitualmente utilizada e que compreende "as coisas que hão de vir"? É a palavra "profecia", que, no seu sentido mais estrito, se refere a previsões de acontecimentos futuros. Por outras palavras, se o "Espírito da verdade" verdadeiramente o está a guiar, ENTÃO você sentirá igualmente um DESEJO INTENSO DE ESTUDAR AS PROFECIAS BÍBLICAS. Isto é, quererá conhecer "TODA A VERDADE", que compreende igualmente "AS COISAS QUE HÃO DE VIR". Se é verdade que "não havendo profecia, o povo se corrompe" (Provérbios 29:18), então o inverso é certamente correto, isto é, havendo profecia, o povo livra-se da corrupção! E, não será esse precisamente um dos objetivos que o Espírito Santo tem para a sua e a minha vida? Certamente que sim! Ellen White escreveu: "Há necessidade de mais íntimo estudo da Palavra de Deus; especialmente devem Daniel e Apocalipse [livros proféticos por excelência] merecer a atenção como nunca dantes na história da nossa obra. ...

A luz que Daniel recebeu de Deus foi dada especialmente para estes últimos dias." (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 112 e 113) Portanto se você já estudou, está a estudar ou quer estudar esses livros bíblicos proféticos com afinco e dedicação, então, uma vez mais, LOUVE A DEUS de todo o seu coração, PORQUE "o Espírito da Verdade" está SEGURAMENTE a guiá-lo/a!

3º) O Espírito Santo guia-nos para a obediência: "Porei dentro de vós o Meu Espírito e farei que andeis nos Meus estatutos, guardeis os Meus juízos e os observeis." (Ezequiel 36:27). E também no Novo Testamento esta certeza é reiterada: "a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, MAS SEGUNDO O ESPÍRITO." (Romanos 8:4). Consequentemente, se após a entrega da sua vida a Deus você sentiu e ainda sente um genuíno DESEJO DE COLOCAR A SUA VIDA EM TOTAL CONFORMIDADE COM OS PRECEITOS DA LEI DE DEUS, então tem mais uma razão para louvar a Deus, pois seguramente que você está a ser guiado "pelo Espírito de Deus" e é assim um/a filho/a de Deus! E esta realidade está em PLENA SINTONIA com o que Jesus afirmou: "Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos" (João 14:15). E uma vez que "qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça num só ponto, se torna culpado de todos" (Tiago 2:10), É IMPOSSÍVEL que o Espírito Santo, ao guiá-lo na sua vida (especialmente na sua consciência - ver: Romanos 9:1), o leve a querer apenas guardar uns mandamentos à exclusão de outros: "Porquanto, Aquele que disse: Não adulterarás também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da lei." (Tiago 2:11).

4º) Se você está a ser guiado pelo Espírito Santo, então certamente que Este já lhe fez compreender que o seu corpo é o "templo" ou o "santuário" onde Ele quer habitar consigo: "Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito Santo habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado." (1 Coríntios 3:16-17); "Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo." (1 Coríntios 6:19-20); E como podemos nós glorificar a Deus no nosso corpo? A resposta não poderia ser mais clara: "Portanto, quer COMAIS, quer BEBAIS, ou FAÇAIS OUTRA COISA QUALQUER, fazei tudo para a GLÓRIA DE DEUS." (1 Coríntios 10:33). A ilação a retirarmos destes versículos é mais do que óbvia: se você sente um genuíno e sincero desejo de colocar de lado alimentos imundos ou inapropriados, e de utilizar de forma inteligente e temperante todos os alimentos apropriados, então você está mesmo a ser guiado pelo Espírito Santo e é assim um genuíno filho ou filha de Deus!

5º) O Espírito Santo o guiará para que você seja uma testemunha eficaz das verdades que descobriu e vive! Disse Jesus: "mas recebereis poder, ao descer sobre vós o ESPÍRITO SANTO, e sereis MINHAS TESTEMUNHAS tanto em Jerusalém [figurativamente falando: na sua igreja local], como em toda a Judeia [a Igreja mundial] e Samaria e até aos confins da terra [a TODAS as outras criaturas do Senhor, independentemente da sua nacionalidade, cultura, raça, ideologia ou religião]." (Atos 1:8) Se você já sentiu e ainda sente O MESMO que o profeta Jeremias sentiu - "Quando pensei: não me lembrarei dEle e já não falarei no Seu nome, então, isso me foi no coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; já desfaleço de sofrer e não posso mais" (Jeremias 20:9) - ou o que o apóstolo Paulo sentiu - "Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa OBRIGAÇÃO [e não opção]; por que AI DE MIM SE NÃO PREGAR O EVANGELHO" (1 Coríntios 9:16) - então tem aqui MAIS UMA PROVA de que o Espírito Santo o está a guiar, reconhecendo-o/a assim como Seu filho ou filha!

6º) Se o que o motiva acima de tudo no testemunho que dá é RECONCILIAR OUTROS COM DEUS E UNS COM OS OUTROS [atenção: esta obra NÃO PODE ser separada das outras acima mencionadas], então seguramente que você está a ser guiado pelo Espírito Santo, pois Jesus, no Seu Sermão da Montanha, disse que "os pacificadores... serão chamados FILHOS DE DEUS" (Mateus 5:9), e o apóstolo Paulo enfatizou que Deus "nos confiou a palavra da reconciliação", "de sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio." E Paulo afirmou mesmo perentoriamente: "Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus." (2 Coríntios 5:19 e 20).

E ainda há pessoas que creem que a prova de que estão a ser guiadas pelo Espírito Santo é falar em línguas estranhas! Olhem só aquilo que elas estão a perder, se ficarem com essa limitada e até errónea compreensão na sua mente!

Para terminar esta reflexão bíblica, gostaria de fazer o seguinte alerta: se você pode reconhecer, de forma sincera e honesta, que o Espírito Santo está a guiá-lo/a na sua vida, então NÃO SE ADMIRE de poder ser mal compreendido/a por outras pessoas (que até podem ser da sua família de sangue e/ou espiritual), ou mesmo veementemente criticado, vituperado, insultado, injuriado e até odiado!

Bem-vindo ao "clube" dos filhos de Deus! Jesus não poderia ter sido mais claro quanto ao que sucede aos verdadeiros filhos de Deus: "Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por Minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. Regozijai-vos e exultai [não por serdes injuriados, perseguidos e alvos de mentiras, mas porquê?] PORQUE É GRANDE O VOSSO GALARDÃO NOS CÉUS; pois assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós." (Mateus 5:10-12). "Ai de vós, quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais com os falsos profetas." (Lucas 6:26). E os apóstolos Paulo e Pedro disseram: "Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos." (2 Timóteo 3:12); "Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação da Sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque SOBRE VÓS REPOUSA O ESPÍRITO DA GLÓRIA E DE DEUS. Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem; mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome." (1 Pedro 4:12-16).

E se, ao testemunhar de Deus e da Sua Verdade a outros, é criticado, injuriado e até odiado, NUNCA CAIA na armadilha satânica de crer que o seu testemunho seja falso, caso ele se fundamente na Palavra de Deus! Apenas creia que o seu testemunho caiu nos ouvidos de pessoas que... NÃO são filhos de Deus: "Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não Me dais ouvidos, porque NÃO SOIS DE DEUS." (João 8:47)! Isto aconteceu com Jesus, é verdade! Mas Ele, através do Seu apóstolo João, também disse que aconteceria O MESMO com os Seus discípulos: "Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (1 João 4:6).

"Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas" - a TODAS as igrejas: à de Éfeso (Apocalipse 2:1 e 7), à de Esmirna (2:8 e 11), à de Pérgamo (2:12 e 17), à de Tiatira (2:18 e 29), à de Sardes (3:1 e 6), à de Filadélfia (3:7 e 13) e à de Laodiceia (3:14 e 22). Ou seja, NINGUÉM deixará de ser aconselhado, instruído, admoestado e repreendido pelo Espírito do Senhor: "Para onde me ausentarei do Teu Espírito? Para onde fugirei da Tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de GUIAR a Tua mão, e a Tua destra me susterá. Se eu digo: as trevas, com efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite, até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma coisa." (Salmo 139:7-12).

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DILEMAS NA VIDA CRISTÃ

Não existe, quanto a mim, NENHUM homem ou mulher que se tenha verdadeiramente convertido ao Senhor Jesus e que, após a sua conversão, não tenha vivido, em maior ou menor grau, alguns DILEMAS (significado de dilema: http://www.priberam.pt/DLPO/dilema) no seu desejo de viver, DE FACTO, uma nova vida em Cristo! Tais dilemas são uma realidade, eu diria, praticamente INEVITÁVEL!

O MAIOR DESEJO de todo aquele ou aquela que se entregou, DE FACTO, a JESUS CRISTO é de fazer (ou colocar em prática na sua vida) a Vontade Soberana do seu Salvador e Senhor! Alguém discorda? Pois bem, e É EXATAMENTE POR ISTO que os dilemas surgem!

Num post que escrevi no passado dia 10 e intitulado "EXAMINE-SE A SI MESMO: SOU EU UM/A FILHO/A DE DEUS?", referi que uma indicação clara de que o Espírito Santo está a conduzir a sua vida, é que surgirá em si o desejo de obediência! Obediência a quê? Obviamente, à Lei de Deus! Daí o apóstolo João ter escrito que "sabemos que O temos conhecido por isto: se guardamos os Seus mandamentos", pois "aquele que diz: Eu O conheço e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade." (1 João 2:3 e 4).

E essa Lei, Jesus a RESUMIU da seguinte forma: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo." (Lucas 10:27).

Existem, obviamente, muitos e variados dilemas com os quais nos podemos confrontar, na nossa vida diária, mas creio que todos eles podem, de forma geral, resumir-se a DOIS GRANDES GRUPOS:
1º GRUPO: como poderei eu amar o Senhor de todo o meu coração, de toda a minha alma, de todas as minhas forças e de todo o meu entendimento e, AO MESMO TEMPO, amar o meu próximo como a mim mesmo?

Isto porque surge na mente de muitos a noção (que é obviamente falsa, mas que não deixa, por isso, de incomodar o espírito), de que, se quiserem amar a Deus de todo o seu coração, alma, forças e entendimento, não poderão amar o seu próximo, pois o amor a Deus levar-vos-à inevitavelmente a uma separação com algumas pessoas! Amigo/a, se ainda vive este tipo de dilemas, deixe-me ser claro e frontal consigo: amar o próximo NÃO É o que você, talvez, pensou que fosse ou talvez ainda pensa que é, nomeadamente satisfazer a vontade de determinada pessoa, MAS SIM satisfazer a vontade de Deus!

O apóstolo Paulo, em Romanos 13:8-9, escreveu o seguinte: "quem ama o próximo tem cumprido a lei. Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se RESUME: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.". Reparou bem?

 O verdadeiro "amor ao próximo" NÃO É baseado em qualquer conceito humano, MAS SIM num conceito divino! Se você, pela Graça e Poder do Senhor, guarda os seis últimos mandamentos da Lei de Deus (assim como os primeiros quatro TAMBÉM!), então VOCÊ AMA VERDADEIRAMENTE O SEU PRÓXIMO COMO A SI MESMO, independentemente do que esse próximo possa pensar de si. O ponto que quero aqui realçar é este: tenha na sua mente um conceito MUITO CLARO do que é o AMOR, pelos critérios divinos, e não por critérios humanos (seus ou de outras pessoas).

2º GRUPO: como poderei eu amar o meu próximo como a mim mesmo e, AO MESMO TEMPO, amar o Senhor de todo o meu coração, de toda a minha alma, de todas as minhas forças e de todo o meu entendimento?

Do outro lado do espectro pode surgir a tentação de pensar que, se eu quiser ser cortês, simpático, agradável e atencioso para com o meu próximo, atendendo a alguns dos seus desejos, então eu entrarei eventualmente em "rota de colisão" com a minha determinação e desejo de amar o Senhor de todo o meu coração, de toda a minha alma, de todas as minhas forças e de todo o meu entendimento! Será que é sempre assim? Felizmente que não é!

A FORMA MAIS EFICAZ de fugir a ambos os dilemas, está, no meu entender, em permanecermos FIRMES na plataforma da obediência a TODOS os mandamentos do Senhor! Muitos vivem, quase de forma permanente, este dilema: será que ao fazer determinada escolha, estou a fazer a Vontade de Deus?

Como conhecer, especificamente, a Vontade de Deus para a MINHA vida?

Eu estou plenamente consciente que a proposta que irei indicar, embora de fácil compreensão intelectual, NÃO É nada fácil de seguir, na prática! Mas é a ÚNICA FORMA de se livrar definitivamente de dilemas absolutamente evitáveis! E a proposta é esta:

Coloque este pensamento na sua mente como uma CERTEZA (ou como uma "âncora" para a sua alma): a Vontade de Deus para si e para mim, está CLARAMENTE REVELADA na sua Lei, os 10 Mandamentos! Já estou a imaginar você a querer dizer-me: e o que é que isso traz de novo para mim?

Pode não trazer nada de novo, e certamente não trará mesmo, mas também não estou aqui para lhe trazer novidades morais e/ou espirituais! Apenas para lhe RELEMBRAR conceitos fundamentais da Palavra de Deus! E um desses conceitos fundamentais é que a Lei de Deus É e DEVE SER a SUPREMA NORMA ÉTICA E MORAL de todas as suas decisões! Por outras palavras: a Lei de Deus é como uma cerca que, longe de limitar a nossa liberdade, pelo contrário, protege essa mesma liberdade! Já esteve nalgum miradouro elevado?

Como se sente se esse miradouro não tiver nenhuma cerca e o abismo estiver mesmo à sua frente?

E como se sente se esse miradouro, diante de um precipício, tiver uma cerca bem construída?

Não se sente MUITO MAIS SEGURO neste último caso?

Certamente que sim! Pois bem, amigo/a, a Lei de Deus é como essa cerca! Proteja-se a si mesmo/a, NUNCA intentando ultrapassar os limites impostos por essa cerca! Se não o fizer, está e estará ABSOLUTAMENTE SEGURO/A, não importa quais sejam as suas "deambulações" dentro do espaço cercado!

Em termos morais e espirituais, a lição é óbvia: faça TUDO o que quiser na vida, sinta-se ABSOLUTAMENTE LIVRE de tomar as decisões que quiser, CONTANTO QUE NUNCA intente ultrapassar os limites da cerca! Ao viver desta forma, poderá ficar com a PLENA CERTEZA de que está a viver a Vontade de Deus EM TUDO! E descanse ou tenha paz, e assim os seus dilemas desaparecerão completamente: "GRANDE PAZ têm os que amam a Tua Lei; para eles não há tropeço [será que um dilema não é um "tropeço" na nossa mente?]." (Salmo 119:165).


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ESFORÇOS ECUMÉNICOS NO PASSADO E NO PRESENTE

O sábio Salomão - rei da antiga nação de Israel e autor dos livros bíblicos de Provérbios, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos (ou Cantares de Salomão) - fez esta sublime afirmação, que é um autêntico paradigma que nos ajuda a compreender TODA a história humana: "O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; NADA HÁ, POIS, NOVO DEBAIXO DO SOL." (Eclesiastes 1:9)
E ele prossegue, fazendo uma mera pergunta retórica para realçar ainda mais o que acabou de dizer: "Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê isto é novo?" [Resposta enfática] Não! Já foi nos séculos antes de nós." (Eclesiastes 1:10)

O problema é que a memória dos povos, e ainda mais a dos indivíduos "é curta"! É isto mesmo que o sábio Salomão dá a entender para explicar a razão pela qual algumas coisas PARECEM realmente ser novas na história humana: "Já não há lembrança das coisas que precederam; e das coisas posteriores também não haverá memória entre os que hão de vir depois delas." (Eclesiastes 1:11)

Perante as declarações inspiradas do sábio Salomão, podemos, com toda a LEGITIMIDADE, afirmar, sem qualquer receio de errarmos, que NÃO HÁ NADA do que atualmente se passa no nosso mundo, que não tenha ocorrido no passado, em termos de experiências humanas, sobretudo no campo espiritual.

Ora, com base nesta visão da história, creio que podemos (e devemos!) aprender muito, ou tudo, com experiências SIMILARES do passado.

Hoje, o mundo religioso em geral - sobretudo, vamos admitir, "entre os homens de boa vontade" (Lucas 2:14; versão Almeida Atualizada), e não entre aqueles que cometem os mais horrendos e terríveis crimes "em nome de Deus" - deseja prosseguir numa senda de paz mundial, em que todos os seres humanos, independentemente das suas religiões, denominações ou crenças, possam viver num clima de fraternidade e de respeito mútuo, APESAR das suas diferenças de género, raça, nacionalidade, cultura, religião ou crença.

Verdade seja dita que este propósito de alcançar uma paz entre todos é ALTAMENTE LOUVÁVEL e DESEJÁVEL, pois é um OBJETIVO BÍBLICO, uma vez que a Palavra de Deus nos adverte a seguirmos "a paz com todos" (Hebreus 12:14), e nos INSTA a que "se possível, quanto depender de vós, tende paz com TODOS OS HOMENS [o que certamente INCLUI todo e qualquer ser humano que vive à face deste planeta terra]." (Romanos 12:18). Neste sentido, os cristãos em geral, e os adventistas do sétimo dia em particular, deveriam ser as pessoas mais PACIFISTAS (ou PACIFICADORAS) à face da terra! Porquê? Porque o Deus que nós, cristãos (adventistas), dizemos ADORAR e SERVIR, Ele mesmo, disse isto: "Bem-aventurados os PACIFICADORES, porque serão chamados FILHOS DE DEUS." (Mateus 5:9; minha ênfase em maiúsculas) Ou seja, segundo o próprio Senhor Jesus Cristo, uma CARACTERÍSTICA FUNDAMENTAL dos verdadeiros "filhos de Deus" é a de serem "pacificadores"!

E "Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus", ao dirigir-se "à igreja de Deus que está em Corinto" (2 Coríntios 1:1), afirmou isto: "Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e NOS DEU O MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e NOS CONFIOU A PALAVRA DA RECONCILIAÇÃO. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, ROGAMOS QUE VOS RECONCILIEIS COM DEUS." (2 Coríntios 5:18-20; minha ênfase em maiúsculas). Nesta passagem, o apóstolo Paulo nos indica igualmente ALGO FUNDAMENTAL: para existir uma PACIFICAÇÃO GENUÍNA entre todos os seres humanos, EM PRIMEIRO LUGAR deve ocorrer uma RECONCILIAÇÃO INDIVIDUAL DE CADA SER HUMANO COM DEUS: "Reconcilia-te, pois, com Ele [Deus] e tem paz, e assim te sobrevirá o bem." (Jó 22:21).

Qual deverá ser, por conseguinte, a nossa POSIÇÃO ou ESCOLHA no mundo religioso ATUAL que pretende ser cada vez mais PACIFICADOR (ou, utilizando um termo muito na moda - ECUMÉNICO)?

Creio que a melhor forma de responder a esta QUESTÃO CRUCIAL PARA OS NOSSOS DIAS é a de retirarmos lições de uma experiência ecuménica vivida por alguns filhos de Deus, no passado! Essa experiência vem relatada no capítulo 3 do livro bíblico de Daniel:

No antigo império de Babilónia, o seu "rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro... levantou-a no campo de Dura, na província de Babilónia" e, em seguida, "mandou ajuntar os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os juízes, os tesoureiros, os magistrados, os conselheiros e todos os oficiais das províncias, para que viessem à consagração da imagem que o rei Nabucodonosor tinha levantado" (Daniel 3:1 e 2).

Qual seria a intenção de Nabucodonosor, o antigo monarca de Babilónia, ao querer ajuntar num só local, e numa só adoração, pessoas de todos os "povos, nações e homens de todas as línguas" (Daniel 3:4 e 7)? Certamente que o seu objetivo era criar o ambiente "perfeito" para que TODOS se pudessem UNIR numa ADORAÇÃO COMUM!

Sim, tratava-se de uma ADORAÇÃO, uma vez que a ordem era dada para isso mesmo: "Ordena-se a vós outros, ó povos, nações e homens de todas as línguas: no momento em que ouvirdes o som da trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles e de toda sorte de música, VOS PROSTRAREIS e ADORAREIS a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor levantou." (Daniel 3:4-5).

Mas, havia VÁRIOS PROBLEMAS com esta ADORAÇÃO ECUMÉNICA:
- Em primeiro lugar, esta "celebração ecuménica" era IMPOSTA: "Ordena-se a vós outros... [que] vos prostrareis e adorareis a imagem de ouro". E era IMPOSTA SOB AMEAÇA DE MORTE: "Qualquer que se NÃO PROSTRAR será, NO MESMO INSTANTE, lançado na fornalha de fogo ardente." (Daniel 3:6). A expressão "no mesmo instante" mostra que não era tomado em linha de conta qualquer tempo para reflexões: ou se aceitava a adoração (repito: imposta!), ou então era-se condenado à morte (pela fogueira - um método de pena de morte que Babilónia sempre apreciou)! A consciência individual deveria, por conseguinte, ser TOTALMENTE RENDIDA ao "espírito" da celebração coletiva: ou fazes o que te é imposto, ou então não tens o direito de permanecer vivo! Só estas DUAS OPÇÕES! Mais nenhuma!

O DEUS VERDADEIRO NUNCA IMPÕE A ADORAÇÃO de nenhuma das Suas criaturas! Por conseguinte, se alguém, EM NOME DE DEUS, tenta IMPOR, por força de decretos e/ou por ameaça de morte, uma qualquer adoração ou estilo de adoração, de uma coisa podemos estar ABSOLUTAMENTE CERTOS: essa pessoa não está possuída do espírito do Verdadeiro Deus, pois "onde está o Espírito do Senhor, AÍ HÁ LIBERDADE." (2 Coríntios 3:18). Tão simples quanto isto!

- Em segundo lugar, esta adoração, para ser levada a efeito, pressupunha a transgressão de um CLARO MANDAMENTO DE DEUS: "Não farás para ti IMAGEM DE ESCULTURA, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. NÃO AS ADORARÁS, NEM LHES DARÁS CULTO; porque Eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que Me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que Me amam e guardam os Meus mandamentos." (Êxodo 20:4-6; minha ênfase em maiúsculas).

Como se pode ADORAR A DEUS e, AO MESMO TEMPO, desrespeitar uma CLARA ORDEM dada por esse mesmo Deus que, supostamente, se pretende adorar? Isto é, simplesmente, o cúmulo da INCOERÊNCIA ou mesmo, da ESTUPIDEZ! Um dos profetas de Deus, do passado, resumiu este conceito muito bem, nestas palavras: "Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à Sua palavra? Eis que O OBEDECER É MELHOR DO QUE O SACRIFICAR [um tipo de adoração], e o atender, melhor do que a gordura de carneiros." (1 Samuel 15:22).

- Em terceiro lugar aquela ADORAÇÃO que teve lugar "no campo de Dura" (Daniel 3:1) ocorreu APÓS o acontecimento que vem relatado no capítulo anterior (o capítulo 2 do livro de Daniel), a saber, que "o Deus do céu" (Daniel 2:19) "fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser NOS ÚLTIMOS DIAS [uma expressão idiomática utilizada no Antigo Testamento que, geralmente, tem o significado de "futuro" - ver: Génesis 49:1; Números 24:14; Deuteronómio 4:30; 31:29; Isaías 2:2; Ezequiel 38:16; Oseias 3:5]." (Daniel 2:28), ou, dito de outra forma, "revelou o que há de ser" (Daniel 2:29).

E o que é que "o Deus do céu" "fez saber ao rei Nabucodonosor"? Fez-lhe saber, através de uma "grande estátua" (Daniel 2:31) que ele viu em "sonho" (Daniel 2:1, 3, 4, 5, 6, 7, 9), que o seu reino (Babilónia) - representado pela "cabeça... de fino ouro" (Daniel 3:32, 37-38), SERIA SUCEDIDO por outros grandes reinos ou impérios mundiais, ANTES que se estabelecesse DEFINITIVAMENTE o reino de Deus - "um reino que não será jamais destruído... [que] não passará a outro povo... [e que] subsistirá para sempre" (Daniel 2:44). Pois bem, inclinar-se diante daquela "imagem de ouro" (Daniel 3:1) - que quase todos os eruditos bíblicos são unânimes em afirmar tratar-se de uma "imagem" em tudo semelhante à "grande estátua" que o rei Nabucodonosor tinha visto em sonho, e da qual Daniel deu a correta interpretação - seria EQUIVALENTE a subscrever a visão da história que Nabucodonosor tinha e NÃO a visão da história que "o Deus do céu" lhe tinha REVELADO, através do Seu servo Daniel! Compreendem, então, o que estava "em jogo" na ADORAÇÃO daquela "imagem de ouro"?

E os três companheiros de Daniel - "Sadraque, Mesaque e Abede-Nego" (Daniel 3:12), os nomes babilónios de "Hananias... Misael... e... Azarias" (Daniel 1:7; 2:17) - tinham participado, juntamente com Daniel, na oração feita a Deus para que Este lhes revelasse o "mistério" do sonho que o rei tinha tido (ver: Daniel 2:17 e 18). Por conseguinte, eles CONHECIAM MUITO BEM o significado do sonho que o rei Nabucodonosor tina tido! Assim sendo, prostrarem-se diante da "imagem de ouro" que o mesmo rei tinha levantado no campo de Dura para ser adorada, seria mostrar que acreditavam mais num homem do que em Deus!

Como se comportaram, então, esses três "companheiros" de Daniel perante esse grande desafio?

1º) COMPARECERAM "no campo [ou "planície", segundo outras versões bíblicas] de Dura" (Daniel 3:1).

Pergunto: será que "Sadraque, Mesaque e Abede-Nego" não sabiam qual seria o objetivo daquele encontro ecuménico? Dificilmente! Então, e se sabiam, por que COMPARECERAM naquele local, onde iria ser ADORADA aquela "imagem de ouro" que o rei de Babilónia tinha mandado levantar?

Não teria sido MUITO MELHOR "cortar logo o mal pela raiz" e NÃO COMPARECER num local onde o espírito da multidão os poderia facilmente INDUZIR a fazerem algo contra a sua consciência?

Já algumas pessoas me responderam a esta questão, afirmando que eles foram OBRIGADOS a comparecer naquele local! Sim, não tenho a menor dúvida que essa foi a REALIDADE com que eles se confrontaram! Mas, não foram eles igualmente confrontados com uma OBRIGAÇÃO no campo de Dura?

E não poderiam eles VIOLAR a IMPOSIÇÃO que lhes era feita de COMPARECEREM "no campo de Dura", DA MESMA FORMA que iriam, posteriormente, VIOLAR a IMPOSIÇÃO que lhes foi feita de ADORAREM a "imagem de ouro?

A resposta parece-me totalmente óbvia: CLARO QUE SIM! Então, VOLTO A PERGUNTAR: por que COMPARECERAM eles "no campo de Dura"? Certamente por que eles estavam convictos de que DEVERIAM OBEDECER ÀS AUTORIDADES ATÉ ONDE A SUA CONSCIÊNCIA O PERMITISSE!

2º) REJEITARAM adorar a "imagem de ouro" que o rei Nabucodonosor tinha mandado levantar!
Nas palavras de alguns dos presentes naquela planície (que poderia, certamente, albergar muitos milhares e milhares de adoradores), e que seriam, seguramente, alguns colegas de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na corte do rei de Babilónia [não se esqueçam de que "a pedido de Daniel, constituiu o rei a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego sobre os negócios da província de Babilónia" (Daniel 2:49)], "há uns homens JUDEUS, que tu constituíste sobre os negócios da província de Babilónia: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego [conseguem aqui perceber uma crítica velada ao rei?]; estes homens, ó rei, não fizeram caso de ti, a teus deuses não servem, nem adoram a imagem de ouro que levantaste" (Daniel 3:12). Estes críticos de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, certamente sentiam um grande incómodo (para dizer o mínimo!) desde que o rei os tinha nomeado para posições de grande responsabilidade em Babilónia, e agora deparava-se-lhes uma oportunidade áurea para "se verem livres deles"! E eles devem ter certamente "jurado a si mesmos" que não iriam deixar passar esta oportunidade! Aliás, o facto de que eles VIRAM que Sadraque, Mesaque e Abede-Nego não adoravam a imagem de ouro, no meio de toda aquela multidão, é claramente um INDICADOR de que eles estavam ali por perto, porque, conhecendo a fé desses homens, eles já previam que Sadraque, Mesaque e Abede-Nego não iriam adorar a imagem de ouro!

3º) NÃO ENTRARAM EM DISCUSSÃO COM O REI, E FORAM CORTESES PARA COM ELE:
"Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ao rei: Ó Nabucodonosor, quanto a isto NÃO NECESSITAMOS DE TE RESPONDER [por outras palavras: disseram ao rei que seria TOTALMENTE INÚTIL entrarem numa discussão sobre aquilo que ele (o rei), lhes tinha ordenado]" (Daniel 3:16). Além disso, não há NADA no texto bíblico que nos permita concluir que algum deles, ou os três, tenha tido alguma atitude, ou dito alguma palavra menos cortês e educada para com o rei!

Pelo contrário, eles manifestaram seguramente no seu comportamento, atitudes e palavras, o conselho que, muitos séculos mais tarde, o apóstolo Pedro disse dever ser a atitude do cristão perante as autoridades: "Tratai a TODOS com honra, amai aos irmãos, temei a Deus, HONRAI AO REI" (1 Pedro 2:17).

4º) TINHAM PLENA CONSCIÊNCIA DE QUEM ERAM E AFIRMARAM ISSO MESMO!

Não tiveram qualquer receio de dizer ao rei isto: "Se o NOSSO Deus, a quem SERVIMOS" (Daniel 3:17). Por outras palavras: não esconderam a sua IDENTIDADE RELIGIOSA, nem se "deixaram levar" por falsos conceitos de que seria uma forma de orgulho espiritual identificarem-se como servos do Deus Altíssimo, dando com isso a entender que eram melhores ou mais crentes que os outros! Eles NÃO SE COMPARARAM COM NINGUÉM, TÃO SOMENTE AFIRMARAM AQUILO QUE ERAM!

5º) A FÉ DELES EM DEUS MANTER-SE-IA, INDEPENDENTEMENTE DO QUE DEUS FIZESSE PARA COM ELES.

Eles conheciam MUITO BEM, de forma pessoal, o Deus a quem serviam! E, por esta razão, sabiam muito bem que esse Deus a quem eles serviam, TERIA PODER para os livrar da morte: "Se o nosso Deus, a quem servimos QUER livrar-nos, Ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei." (Daniel 3:17).

Mas TAMBÉM ADMITIAM A HIPÓTESE de que Deus não quisesse livrá-los "da fornalha de fogo ardente": "Se não..." (v. 18).

A VERDADEIRA e GENUÍNA fé em Deus, NÃO DEPENDE do que Deus entende por bem fazer ou deixar de fazer por nós! Aceita os PLANOS DE DEUS específicos para a nossa vida, e ponto final! Não entra num tipo de "jogo" ou "negócio" com Deus, do género: "Senhor, se me fizeres isto ou aquilo, ENTÃO, eu farei, ou serei, ou terei fé em Ti..." Não, não, não! Ter fé em Deus é... SIMPLESMENTE CONFIAR QUE ELE SABE O QUE É MELHOR PARA NÓS, sem discutir com Ele o que quer que seja!

6º) MANTIVERAM-SE FIRMES NA SUA DECISÃO, apesar de lhes ter sido reiterado que, se não adorassem a imagem seriam, "no mesmo instante, lançados na fornalha de fogo ardente" (Daniel 3:15): "Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste." (v. 18)

NUNCA consigo ler estas palavras que estes homens proferiram diante da MAIOR AUTORIDADE HUMANA que, na época, existia à face do planeta terra, sem sentir um "arrepio" ou uma FORTE EMOÇÃO a perpassar por todo o meu ser: a sua decisão ESTAVA TOMADA, VIESSE O QUE VIESSE! QUE FÉ! QUE OUSADIA! QUE CORAGEM! QUE EXEMPLO DE ABSOLUTA FIDELIDADE AO DEUS A QUEM SERVIAM! Com eu anseio possuir TODOS ESTES ATRIBUTOS que se manifestaram na vida destes GIGANTES DA FÉ!

Como é que nós, HOJE, devemos nos comportar diante de SITUAÇÕES IDÊNTICAS?

É necessário repetir-vos como se comportaram "Sadraque, Mesaque e Abede-Nego"?

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